Confira as perspectivas para o setor da saúde e saiba como acompanhar as tendências da telemedicina.
Em 2020, não apenas a medicina, mas todas as áreas da sociedade, precisaram se transformar. Já 2021 possibilitou que a telemedicina conquistasse um espaço ainda maior e mais sólido entre médicos, pacientes e instituições. O que esperar, então de 2022?
Seguindo o crescimento do atendimento remoto e a perspectiva de que as tecnologias para a área da saúde continuem a fazer parte do dia a dia da sociedade, reunimos neste post 22 tendências da telemedicina para 2022.
Desde o aumento do número de empresas dedicadas a pensar soluções digitais para a saúde até a ampla adesão dos pacientes e médicos aos formatos digitais, é possível perceber que a relação da saúde com a tecnologia está se intensificando cada vez mais. Inteligência artificial, robótica e uso da nuvem já são realidade, e devem continuar crescendo nos próximos anos. Confira as principais tendências:
As healthtechs, empresas de tecnologia para a saúde, tiveram um crescimento bastante acelerado. Esse movimento vem transformando o setor há cerca de uma década, e a tendência é que o número de empresas da área aumente cada vez mais.
De acordo com um levantamento realizado pela plataforma Sling Hub, houve um crescimento de mais de 50% do ano passado para cá. O Brasil passou de 542 healthtechs em 2020 para 1.158 em 2021.
Ainda de acordo com o mapeamento, as healthtechs captaram – até o final de outubro de 2021 – 344,3 milhões de dólares em investimentos, um aumento de 329% em relação ao ano anterior.
Com a chegada do 5G no país, acredita-se que o número de empresas de tecnologia para saúde deva aumentar, assim como o número de soluções oferecidas para a medicina.
Outra tendência acelerada pela pandemia e que deve manter-se em 2022 é a adoção cada vez maior de novas tecnologias pela área da saúde.
Mesmo antes da Covid-19, a utilização de novas tecnologias já era um processo crescente na medicina, mas a pandemia intensificou ainda mais a busca e implementação de novos equipamentos e formas de realizar consultas, exames e acompanhamentos.
Neste contexto, os pacientes também já estão mais familiarizados com as ferramentas e tecnologias na área da saúde. Em uma pesquisa da Capterra, 59% dos entrevistados acreditam que a adoção de ferramentas alimentadas por Inteligência Artificial é importante para melhorar a experiência dos pacientes.
Outra pesquisa, realizada pelo Sindicato dos Hospitais de São Paulo, junto a 139 unidades privadas do estado, mostra que sete a cada dez pacientes estão satisfeitos com os atendimentos que receberam via telemedicina, mostrando que essa prática é eficaz tanto para os profissionais quanto para a população.
Em 2021, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD, lei nº 13.709) passou a aplicar as sanções previstas. A legislação determina diversas ações necessárias para o tratamento e armazenamento adequados de dados sensíveis — por isso, é imprescindível que clínicas, hospitais, laboratórios e instituições em geral façam a atualização de seus prontuários e sistemas de cadastros, sejam físicos ou eletrônicos.
O tratamento de dados sensíveis dos pacientes é uma das principais preocupações para a telemedicina. Por isso, escolher plataformas que digam as determinações previstas em lei é essencial para garantir que as informações sejam tratadas com segurança.
Episódios de vazamentos de dados, como a falha de segurança do Ministério da Saúde que abriu dados pessoais de mais de 240 milhões de brasileiros, reforçam a necessidade do investimento em sistemas protegidos e criptografados.
Sistemas de inteligência artificial estão cada vez mais presentes nas clínicas e hospitais, como uma forma de auxiliar os médicos, e a presença desse recurso é tão grande que a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um guia sobre ética e governança na utilização da IA na saúde.
Entre as diversas aplicações de inteligência artificial na medicina, pode-se citar a utilização de algoritmos na detecção de indícios de Covid-19 em Raios-X e Tomografias, bem como a solução capaz de detectar nódulos cancerígenos, ambas desenvolvidas pela Portal Telemedicina.
No Global Summit Telemedicine & Digital Health, maior evento da América Latina sobre o tema, o CEO da Portal Telemedicina, Rafael Figueroa, abordou em palestra a importância da inteligência artificial para ajudar a salvar vidas e reduzir custos, e apresentou as duas iniciativas desenvolvidas pela Portal.
A tecnologia em medicina não veio para substituir os profissionais da área, mas para contribuir com as práticas diárias. Cada vez mais a telemedicina tem sido vista como uma aliada, e os médicos estão mais dispostos a aderir à tecnologia e a transitar nos meios digitais.
De acordo com informações do Conselho Federal de Medicina (CFM), dois a cada três médicos brasileiros consideram a telemedicina um “método seguro e eficaz para o atendimento de pacientes”, especialmente após a pandemia da Covid-19. Além disso, metade dos profissionais afirma já utilizar esse recurso, e, destes, quase 90% pretendem continuar com a prática de telemedicina no futuro.
O big data segue como uma tendência da telemedicina para 2022. Cada vez mais os dados de pacientes serão estruturados em sistemas que, utilizando inteligência artificial, irão dar velocidade ao trabalho dos médicos. Sistemas e plataformas integrados facilitam o processo e dão uma visão holística dos pacientes aos gestores de saúde.
Além disso, com a indústria 4.0, a integração acontecerá também com equipamentos. Essa integração da ciência de dados com a saúde permite processos muito mais eficientes, redução de custos e um atendimento de mais qualidade aos pacientes.
Outra importante tendência da telemedicina é o crescimento e consolidação dessa modalidade de atendimento. De acordo com dados da Saúde Digital Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital), mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados via telemedicina, por mais de 52,2 mil médicos, no Brasil entre 2020 e 2021.
Segundo o Panorama das Clínicas e Hospitais 2021, 70% das instituições de saúde já oferecem atendimento via telemedicina a seus pacientes. Entre elas, 24% já aderiram à prática plenamente e 48% tiveram adesão de parte dos profissionais.
Diversas subáreas e especialidades fazem parte da telemedicina, como telediagnóstico, teleconsulta, telemonitoramento, teleterapia, telecardiologia, telerradiologia, teleoftalmologia, entre outras. Atualmente, existem inúmeras tecnologias em desenvolvimento para atender às mais diferentes necessidades, e uma das tendências em telemedicina para o próximo ano é a segmentação cada vez mais clara deste mercado.
Uma das formas mais conhecidas do trabalho de telemedicina é a teleconsulta, prática que passou a ser permitida no Brasil a partir do início da pandemia da Covid-19. Com as medidas de distanciamento social e a necessidade de reduzir a circulação de pessoas em locais potencialmente contaminados, como hospitais, clínicas e consultórios, a teleconsulta passou a ser permitida pelo Ministério da Saúde e pelo CFM.
Segundo pesquisa conduzida pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), 90% dos pacientes conseguiram resolver problemas de saúde sem sair de casa durante a pandemia, realizando teleconsultas e acompanhamento remoto. Entre os meses de abril de 2020 e março de 2021, foram realizadas mais de 2,5 milhões de teleconsultas, e é possível que essa prática continue sendo permitida mesmo após o fim da pandemia.
Diagnósticos de anemia, catarata, problemas cardíacos, quadros de depressão. Para detectar diversas doenças já há pesquisas para o desenvolvimento de aplicativos de celular que possam realizar exames sem que o paciente precise sair de casa.
O aplicativo de teleconsulta da Portal Telemedicina também conta com uma tecnologia inédita de monitoramento de sinais vitais por vídeo embarcada no app que detecta a frequência cardíaca, saturação de oxigênio e nível de stress.
A experiência positiva que profissionais da saúde, pacientes e instituições médicas vêm tendo com a telemedicina aponta para um futuro híbrido, unindo o atendimento remoto e presencial. Esse modelo de atendimento que integra ambientes físico e digital, é chamado de “figital”(do inglês, Phygital)
A telessaúde e as soluções digitais têm um potencial transformador, trazendo novas formas de abordar problemas antigos. A pandemia foi determinante para que a prática da telemedicina se tornasse uma realidade mais ampla, e a tendência é que ela permaneça nos próximos anos em um modelo figital, e com cada vez mais apoio de inteligência artificial, robótica e outras tecnologias.
O uso de dispositivos “vestíveis”, como relógios que se conectam à internet, é uma das tendências para a telemedicina. Por possibilitarem a coleta e a transmissão de dados sobre o corpo e a saúde do usuário, facilitam o trabalho de telemonitoramento.
De acordo com um estudo realizado pelo IDC Brasil, o mercado de wearables cresceu 145% apenas no primeiro trimestre de 2021: 964.037 unidades de dispositivos vestíveis foram vendidos no período.
Entre as funcionalidades desses dispositivos, que variam de relógios até chips implantados, estão a coleta de dados sobre batimentos cardíacos, número de passos dados, qualidade do sono, distâncias percorridas, entre outros.
O uso da nuvem para o armazenamento de dados dos pacientes é uma das principais tendências para 2022. Essa ferramenta facilita a integração entre os sistemas e o compartilhamento de dados, possibilitando que programas que utilizam inteligência artificial para análise de big data trabalhem de forma mais eficiente.
Para comportar todas as informações que estão salvas na nuvem, a infraestrutura de armazenamento global recebeu investimento recorde no terceiro trimestre: 494, bilhões de dólares, um aumento de 35% em relação ao período anterior.
A sustentabilidade e preservação do meio ambiente são preocupações de todos os setores, e na saúde não é diferente. Por meio de tecnologia e adoção de práticas mais sustentáveis, é possível que clínicas, hospitais e outros estabelecimentos contribuam para um futuro mais verde.
Na Portal Telemedicina, a preocupação com a sustentabilidade já é uma realidade. Ainda em 2019, fomos escolhidos como uma das empresas inovadoras e atuantes no enfrentamento de problemas relacionados ao meio ambiente, acesso à saúde e outros desafios.
Em 2021, o CEO da Portal, Rafael Figueroa, participou do painel “Transformações em saúde por meio de inovação verde e circular” no Global Goals Week, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). No evento, o debate sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 tratou das ações concretas realizadas pelos integrantes do setor de saúde para contribuir com a preservação do meio ambiente.
Todo processo que possa ser automatizado tende a ser mais rápido e eficiente em qualquer área do conhecimento, na saúde e na medicina isso não é diferente. Além das automatizações relacionadas ao atendimento propriamente dito, com a utilização de inteligência artificial, big data, etc.
Outras tarefas do dia a dia de clínicas e hospitais podem se beneficiar da tecnologia e ser feitas de maneira automática e, nessa lista, podemos citar gestão financeira, controle de estoque, agendamento de consultas, entre outras.
Na telemedicina, robôs são utilizados principalmente para o procedimento de telecirurgia, que ocorre com o cirurgião responsável presente por meio de teleconferência. Essa prática permite que, mesmo em lugares onde não há acesso a médicos especialistas, a população possa ter suas necessidades atendidas.
No Brasil, os “robôs cirurgiões” já são uma realidade e, em 2020, houve 14 mil procedimentos cirúrgicos realizados com o auxílio da robótica, e as especialidades que mais se valem desse recurso são a ginecologia e a urologia. O número de cirurgias com robôs ainda é baixo, se comparado ao número de procedimentos realizados presencialmente, mas a tendência é que aumente cada vez mais.
O prontuário eletrônico, quando utilizado com tecnologias seguras e adequadas às diretrizes da LGPD, apresenta várias vantagens tanto para os profissionais quanto para os pacientes: facilita a localização de informações, reduz erros de transcrição e evita problemas de legibilidade, além de diminuir a necessidade de espaço físico em clínicas e hospitais para armazenamento de papel.
O uso dos prontuários eletrônicos também favorece a utilização de inteligência artificial para análise de big data. Essa tecnologia já vem sendo adotada por quase metade dos estabelecimentos, como apontam dados disponibilizados pela pesquisa TIC Saúde 2021, que analisa o estágio de adoção das tecnologias de informação e comunicação pelas clínicas, hospitais e outros estabelecimentos de saúde do país.
Por meio do receituário digital, é possível enviar receitas para os pacientes à distância. Para pacientes que utilizam medicamentos de uso contínuo, poder receber a receita para compra sem precisar sair de casa é uma grande vantagem, mas não pára por aí: de acordo com uma pesquisa feita pela health tech Memed, 94% dos profissionais se sentem satisfeitos com as receitas digitais e 93% das farmácias gostariam de continuar recebendo os pedidos eletrônicos.
Enviadas por e-mail, WhatsApp ou SMS, as receitas costumam estar em formato PDF. Podem ser digitalizadas (cópias de receitas emitidas manualmente) ou eletrônicas, contando com a assinatura digital do médico. A necessidade do paciente pode variar, pois medicamentos como antibióticos, que têm a venda restrita, exigem receitas com assinatura digital.
Essa funcionalidade já vinha sendo desenvolvida antes da pandemia, mas a prática foi bastante intensificada a partir de 2020. Todo médico pode oferecer receitas digitais a seus pacientes, desde que use algum meio eletrônico e possua assinatura digital válida e certificada por autoridades certificadoras, como o ICP-Brasil.
Com o SOS Portal, por exemplo, médicos podem emitir prescrições digitais válidas em todo o território brasileiro.
Como a inteligência artificial pode analisar uma quantidade imensa de dados, a tendência com o desenvolvimento dessa tecnologia é a análise multimodal de exames e dados clínicos, com a possibilidade de união do conhecimento de várias especialidades em um único diagnóstico.
Além disso, na seleção de linhas de tratamento as perspectivas mais promissoras dizem respeito à medicina baseada em desfecho e à medicina personalizada.
A impressão 3D possui diversas aplicações na medicina. Duas das mais conhecidas são a fabricação de órgãos para transplantes e a produção de próteses. Essa tecnologia vem sendo bastante utilizada e sua aplicação tende a crescer cada vez mais.
Ter uma visão integral do paciente e conhecer seu histórico são fatores que contribuem para diagnósticos e tratamentos mais rápidos e eficazes. Essa visão é própria do Médico de Família ou do Clínico Geral, dois profissionais que tendem a ser cada vez mais valorizados.
No sistema público de saúde, o Programa Saúde da Família (PSF) prioriza equipes multidisciplinares e generalistas para o atendimento básico. O PSF representa uma grande oportunidade de expansão da telemedicina. Entre outros benefícios, a adoção de tecnologia nesse nível de atendimento tende a diminuir filas nos hospitais.
Outro dado que aponta para a tendência da valorização do Médico de Família é o aumento da busca dessa especialidade entre os estudantes de medicina. De acordo com a pesquisa Demografia Médica, nos últimos 10 anos essa foi a especialidade que mais expandiu o número de residentes.
A telemedicina também pode se beneficiar da educação à distância, ou tele-educação, e essa é uma tendência cada vez mais forte. Essa modalidade permite a capacitação de profissionais em distintas áreas e para a própria utilização da tecnologia, já que uma das dificuldades da expansão da telemedicina no Brasil hoje é a quantidade de profissionais com conhecimento para realizar serviços à distância.
Além disso, a capacitação de profissionais de saúde, por meio de treinamentos para realização de exames como eletroencefalograma e eletrocardiograma , por exemplo, contribui para otimizar a ampliação da telemedicina e garantir diagnósticos precisos.
As mudanças em relação à lei da telemedicina, impulsionadas pela pandemia da Covid-19, mostraram que essa forma de atendimento traz inúmeros benefícios aos pacientes: por meio de plataformas de telemedicina, as clínicas e hospitais têm a possibilidade de agilizar atendimentos, evitar deslocamentos e ser mais transparentes em relação aos resultados dos procedimentos, que podem ser acessados diretamente pelos pacientes.
Mesmo sem o contato presencial, o paciente está em contato direto com o médico, e todas as inovações tecnológicas que fazem parte do dia a dia da telemedicina garantem também experiências acolhedoras para o paciente.
A humanização da experiência do paciente é, portanto, uma importante tendência da telemedicina que, com comunicação ágil e eficiente e um atendimento humanizado, leva em conta o indivíduo e não apenas a patologia.
Diante desse cenário de tendências para 2022, é inegável a necessidade de clínicas e hospitais de investir em tecnologia para atender cada vez melhor seus pacientes. É essencial também escolher parceiros e fornecedores de confiança, para evitar problemas técnicos e legais, como as questões de segurança de dados relacionadas à LGPD.
Utilizar tecnologia de ponta oferecida por uma empresa reconhecida no mercado por sua excelência, como a Portal Telemedicina, é a opção mais indicada para quem quer acompanhar as tendências. Para conhecer mais sobre nosso trabalho e como podemos ajudar seu hospital ou clínica, confira nossa página de Soluções e fale conosco.
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