O telelaudo tem sido amplamente utilizado na área de oftalmologia para acelerar o processo de emissão de laudos de exames importantes. Clínicas têm optado por realizar o exame de campimetria via telemedicina. Mas você sabe como isso funciona?
Utilizado para medir a visão periférica do paciente, o exame de campimetria, também conhecido como campo visual, é muito utilizado para detecção de problemas não só visuais, mas também neurológicos.
Muitas doenças geram perdas do campo de visão. Por isso, este exame aproxima muito a oftalmologia de outras áreas como neurologia e também endocrinologia.
No texto a seguir, saiba mais sobre a importância da campimetria, que doenças ela ajuda a detectar, como interpretar esse exame e como ele funciona via telemedicina. Confira!
O exame de campimetria visual é conhecido por diversos nomes, como exame de campo visual, campo ocular ou campo visual.
Conforme o nome sugere, ele avalia o campo de visão do paciente, ou seja, aquilo que está diante dos olhos e também a visão periférica, que mapeia movimentos e estímulos fora do ponto onde os olhos estão focando no momento.
O exame de campimetria mais comum é o exame de de campimetria computadorizada, ou seja, feito por equipamentos tecnológicos. Mas o exame também pode ser manual, indicado para pacientes com dificuldade de seguir os comandos do aparelho computadorizado, como idosos, pessoas debilitadas ou crianças.
Há ainda a campimetria realizada, um teste de triagem que se equivale ao teste de campo visual de confrontação. Esse tipo de exame é mais simples, tem custo menor para as empresas e é utilizado na medicina de trabalho.
Ele pode ser realizado por um técnico ou enfermeiro e laudado por um oftalmologista remotamente.
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A alteração no campo de visão pode ser causada por diversos tipos de doenças. Quando uma pessoa tem o campo de visão alterado, perde noção espacial e isso pode causar dificuldade na movimentação.
Esse ponto é importante porque o paciente geralmente demora a detectar mudanças na visão periférica no dia a dia.
Por isso, durante a anamnese com o paciente, é importante que o médico pergunte sobre esse tipo de dificuldade, pois é um indicativo de problemas no campo de visão.
Este também é um exame complementar que pode ser pedido na medicina do trabalho para avaliar o estado de saúde dos colaboradores. Ele é usado como uma espécie de triagem, caso o resultado aponte alguma alteração, o trabalhador é encaminhado a um especialista para apuração mais aprofundada.
O exame de campimetria visual é utilizado para detecção e acompanhamento de várias doenças dos olhos, uma das principais é o glaucoma.
A campimetria ou campo visual é um exame importante porque muitas doenças que geram reflexos na área da visão não começam atacando a visão central, medida pelo exame de acuidade visual, mas sim a periférica.
Há também outras patologias que podem ser detectadas com a ajuda deste exame. Veja algumas delas:
O exame de campo visual computadorizado é feito através de um equipamento chamado campímetro. O paciente deve sentar em frente ao equipamento e colocar o queixo e testa nas posições indicadas.
O paciente deve focar a atenção em um sinal luminoso presente no fundo da imagem, enquanto isso o aparelho dispara pontos pequenos de luz com diferente intensidade e em locais distintos. Ele deve então indicar ao médico quando percebe esses pontos.
Com base neste relato, o profissional consegue mapear o grau de visão periférica.
Embora seja um exame simples e indolor, ele é considerado cansativo para alguns pacientes, pois requer muita atenção e foco durante toda a sua realização, o que demora alguns minutos.
Já na campimetria realizada, o método é mais simples, e pode ser feito até com as mãos do profissional que irá realizar o exame, mas existe um aparelho que mede em graus o campo visual periférico.
Neste tipo de exame o paciente senta em frente ao aparelho, tampa um dos olhos e fixa o outro olho em um ponto logo à frente. Uma haste é movida para a lateral até o ponto onde o paciente consegue enxergá-la sem mover o olho. A partir disso, é feita a marcação de quantos graus chegou a haste.
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O laudo do exame de campimetria depende das respostas do paciente, já que é ele quem sinaliza quando está percebendo um estímulo visual ou não.
Desta forma, ele não é 100% confiável, pois às vezes o paciente pode indicar a presença de um ponto de luz quando não houve por se confundir. Isso gera os chamados falsos positivos, que é quando o paciente sinaliza ter visto um ponto de luz em momentos em que não houve nenhum estímulo.
Também pode ocorrer o contrário. O paciente deixar de sinalizar estímulos em momentos que deveria tê-los percebido. Por exemplo, quando o paciente não sinaliza um estímulo dado em um mesmo ponto onde ele já havia percebido pontos de luz com menor intensidade. Estes casos são chamados de falso negativo.
“É muito importante durante este exame verificar se um dos olhos está bem ocluído e se o olho que está aberto para ser avaliado está bem fixado em um ponto em frente a ele. Desta forma, o resultado é mais confiável e com menor chance de falso resultado devido a movimentação do olho”, indica a médica oftalmologista Frayda Elisa Novato Ribeiro.
Por ser um exame que depende muito da disposição e cooperação do paciente, é muito importante que no dia do exame ele não esteja cansado ou desatento.
É recomendado conversar com o paciente antes e verificar se ele está tranquilo, além de explicar bem como é realizado o exame até ter certeza que ele compreendeu.
Você deve estar se perguntando, mas o que leva o paciente a não sinalizar corretamente quando viu ou não um estímulo de luz?
Existem diversas possibilidades, as mais comuns são o fator emocional. Embora o exame seja simples e indolor, alguns pacientes podem ficar muito ansiosos ou nervosos, principalmente dependendo do tipo de problema que o exame está investigando.
Além disso, a dificuldade de visão pode gerar dificuldade e confusão mental sobre as áreas de estímulos.
Por isso, conforme o Conselho Federal de Medicina, o primeiro resultado pode ser falseado, o que leva alguns profissionais a optarem por fazerem uma repetição do exame em outro dia em busca de um resultado mais assertivo.
A interpretação do resultado é feita em graus de acordo com a posição que o paciente consegue identificar o objeto na sua visão mais periférica.
O exame de campimetria ou campo visual Humphrey pode ser realizado por um técnico de enfermagem ou enfermeiro. Porém, somente um médico oftalmologista pode avaliar e emitir o laudo do exame.
A campimetria via telemedicina é utilizada, principalmente, na medicina do trabalho. Portanto, para campimetria realizada ou de confrontação.
O técnico realiza o exame na empresa ou em uma sala, envia o resultado em graus da parte nasal e temporal dos dois olhos de forma online para uma central médica onde especialistas avaliam e emitem o laudo para a clínica.
Entre as vantagens do uso da campimetria via telemedicina está aumentar a produtividade da sua clínica, com um processo de diagnóstico até 10x mais rápido, além de não precisar contar com um médico oftalmologista no quadro de funcionários apenas para a realização destes laudos, o que gera um custo elevado.
Todas as informações são criptografadas e atendem aos mais rigorosos critérios de segurança e todos os dados ficam disponíveis online em nuvem.
E o melhor? O valor cobrado é por demanda, ou seja, há pacotes disponíveis para qualquer clínica ou unidade de saúde independentemente do seu tamanho.
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