Apneia do sono: Sintomas, diagnóstico, tratamento e cuidados na clínica do sono
Atualizado em 8 de setembro de 2025 por Redação
A apneia do sono é um distúrbio respiratório caracterizado por pausas repetidas na respiração durante o sono, afetando de forma significativa a saúde cardiovascular, metabólica, cognitiva e a qualidade de vida do paciente. Reconhecer os sinais, compreender os exames necessários e conhecer as opções de tratamento é essencial para pacientes, médicos e gestores de saúde.
O que é apneia do sono
A apneia do sono é uma das doenças do sono mais comuns, associada a problemas respiratórios noturnos. Essas interrupções na respiração podem durar de alguns segundos até minutos, ocorrendo diversas vezes ao longo da noite. Essa condição está ligada a doenças crônicas, como hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2 e doenças neurológicas.
Causas da apneia do sono
A apneia do sono pode ter diferentes origens, variando de acordo com o tipo (obstrutiva, central ou mista). Entre as principais causas estão:
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Alterações anatômicas – como estreitamento das vias aéreas, aumento das amígdalas ou da língua;
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Excesso de peso e obesidade – acúmulo de gordura na região cervical dificulta a passagem do ar;
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Doenças neurológicas – afetam o controle da respiração (mais comum na apneia central);
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Fatores genéticos e hereditários – predisposição familiar;
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Uso de álcool, sedativos ou tabaco – que relaxam os músculos da garganta;
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Idade avançada – maior incidência em pessoas acima dos 40 anos;
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Outras condições médicas – como hipertensão, insuficiência cardíaca ou hipotireoidismo.
Sintomas mais comuns
Entre os sintomas da apneia do sono, destacam-se:
- Ronco alto e frequente;
- Despertares noturnos acompanhados de falta de ar;
- Sonolência excessiva diurna;
- Dificuldade de concentração e memória;
- Irritabilidade e alterações de humor.
Esses sinais impactam diretamente na qualidade do sono e podem aumentar o risco de problemas cardíacos e doenças do sistema nervoso.
Complicações e por que tratar cedo
A apneia se relaciona a hipertensão resistente, doença coronariana, arritmias, AVC, resistência à insulina/DM2, depressão e maior risco de acidentes de trânsito e trabalho; o rastreio e tratamento precoces reduzem desfechos adversos e melhoram qualidade de vida.
Diagnóstico da apneia do sono
O diagnóstico deve ser realizado por um médico especialista em sono ou pneumologista. O exame mais utilizado é a polissonografia, que avalia a atividade cerebral, a frequência respiratória, o nível de oxigênio no sangue e os movimentos durante o sono. Essa análise detalhada permite classificar a gravidade da apneia em leve, moderada ou grave.
Tratamentos disponíveis
O tratamento da apneia do sono varia de acordo com a gravidade e as condições do paciente. Entre as principais abordagens estão:
- Mudança de hábitos: controle do peso, prática de atividade física, redução do consumo de álcool e tabaco;
- Dispositivos orais: utilizados para manter as vias aéreas abertas durante o sono;
- CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas): aparelho considerado padrão-ouro para casos moderados e graves;
- Tratamento cirúrgico: indicado em situações específicas, como alterações anatômicas.
Telemedicina e acompanhamento conectado
A telemedicina consegue proporcionar triagem remota com questionários validados, indicação de estudo domiciliar quando apropriado, telediagnóstico e emissão de laudos que agilizam o cuidado; telemonitoramento de CPAP melhora adesão com dados objetivos e intervenções precoces.
Programas estruturados “tele-CPAP” nos hospitais e clínicas aumentam a adesão, reduzem faltas e encurtam o tempo entre diagnóstico e controle sintomático.
Estrutura e importância da clínica do sono
A clínica do sono é o espaço ideal para diagnóstico e tratamento, pois reúne equipe multidisciplinar formada por pneumologistas, neurologistas, cardiologistas e psicólogos. Além disso, conta com infraestrutura para realização de exames, acompanhamento terapêutico e programas de reabilitação do sono.
Conclusão
A apneia do sono é um problema de saúde pública que exige atenção médica e acompanhamento contínuo. Reconhecer sintomas, buscar diagnóstico precoce e seguir corretamente o tratamento são medidas fundamentais para preservar a saúde e garantir qualidade de vida.