EPI hospitalar: Os 10 itens indispensáveis para segurança na assistência
Atualizado em 25 de novembro de 2025 por Redação

O EPI hospitalar é a última barreira de proteção entre o profissional de saúde e riscos biológicos, químicos e físicos presentes na rotina assistencial. Seu uso correto depende de seleção técnica, treinamento, fornecedores confiáveis e descarte alinhado ao PGRSS.
Este post reúne as melhores práticas vigentes para médicos, enfermagem, limpeza, CME e gestores, trazendo critérios de escolha, lista completa dos 10 EPIs hospitalares essenciais, orientações de uso, descarte e conformidade com a NR-6.
O que é EPI hospitalar e por que ele é indispensável
EPI (Equipamento de Proteção Individual) é todo dispositivo de uso pessoal destinado a reduzir a exposição do trabalhador a riscos no ambiente de trabalho.
No contexto hospitalar, o EPI protege contra:
- aerossóis e gotículas
- respingos de fluidos corporais
- perfurocortantes
- produtos químicos de limpeza e desinfecção
- riscos físicos específicos de setores técnicos
A NR-6 determina que o empregador selecione, forneça, treine, registre e fiscalize o uso do EPI, sempre com Certificado de Aprovação (CA) válido e compatível com o risco.
Os 10 EPIs hospitalares essenciais
A seguir, os dez equipamentos considerados fundamentais para proteção segura em hospitais:
- Máscara cirúrgica
- Respirador PFF2/N95
- Avental descartável
- Avental impermeável
- Luvas de procedimento
- Luvas estéreis (cirúrgicas)
- Óculos de proteção
- Face shield
- Touca
- Propé ou calçado de proteção hospitalar
Esses itens atendem desde cuidados diretos à assistência até limpeza, desinfecção e CME. Cada um desempenha papel específico e complementar na prevenção de contaminações.
Leia mais: Conheça as normas regulamentadoras
Tipos de EPI hospitalar e quando usar
1. Máscara cirúrgica
Protege contra gotículas e respingos. Deve ser ajustada ao rosto e trocada quando úmida ou danificada.
2. Respirador PFF2/N95
Indicado para exposição a aerossóis — procedimentos respiratórios, isolamento por aerossóis, CME e áreas críticas.
Requer fit check em toda colocação e fit test conforme política institucional.
3. Avental descartável
Para cuidados gerais sem grande exposição a fluidos.
4. Avental impermeável
Usado em procedimentos com risco de respingos ou manipulação de substâncias químicas.
5. Luvas de procedimento
Para contato com mucosas, fluidos corporais e manipulação não estéril.
6. Luvas estéreis
Obrigatórias em cirurgias e procedimentos invasivos.
7. Óculos de proteção
Contra respingos oculares; deve selar bem e permitir limpeza adequada.
8. Face shield
Proteção facial completa; complementa máscara ou respirador.
9. Touca
Evita queda de fios de cabelo em áreas críticas e mantém campo limpo.
10. Propé / calçado de proteção
Usado em áreas que exigem barreira adicional ou controle de contaminação.
NR-6 e CA: o que verificar antes de comprar EPI hospitalar
Antes da aquisição, confirme:
- CA válido e correspondente ao modelo do fabricante
- relatórios de ensaio específicos (filtração, resistência a sangue sintético, pressão diferencial etc.)
- lote, validade, rastreabilidade
- instruções de uso e limitações
- documentação de conformidade para auditorias
A NR-6 exige ainda registro de entrega, orientação ao trabalhador e controle de troca/manutenção.
Tabela prática: Matriz de EPI hospitalar por procedimento
|
Procedimento / Setor |
EPIs recomendados |
|
Aerosóis (intubação, aspiração, nebulização) |
PFF2/N95, óculos ou face shield, avental impermeável, luvas |
|
Isolamento por gotículas |
Máscara cirúrgica, óculos, avental, luvas |
|
Isolamento por contato |
Avental, luvas, máscara cirúrgica |
|
Centro cirúrgico |
Touca, máscara cirúrgica, avental estéril, luvas estéreis, propé |
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Limpeza e desinfecção |
Luvas de alta resistência, proteção respiratória conforme o químico, óculos, avental impermeável |
|
CME |
Avental impermeável, luvas, proteção ocular, PFF2/N95 quando indicado |
A matriz deve constar no protocolo institucional e ser revisada periodicamente.
Como escolher o melhor fornecedor de EPI hospitalar
Avalie critérios técnicos e contratuais:
Técnicos
- CA válido
- relatórios de ensaio
- controle de lote, validade e rastreabilidade
- padronização entre lotes
- amostras para avaliação de campo
Contratuais
- SLA de entrega
- plano de contingência
- troca por não conformidade
- documentação técnica e suporte a treinamento
Fornecedores que atendem integralmente à NR-6 reduzem risco regulatório e melhoram previsibilidade operacional.
Vida útil, troca e armazenamento
A troca dos EPIs deve seguir critérios claros: respiradores devem ser substituídos quando úmidos, deformados ou saturados; aventais, ao romper ou após procedimentos de alto risco; e luvas, sempre entre pacientes ou quando apresentarem danos. O almoxarifado deve seguir o sistema FEFO e assegurar condições adequadas de temperatura, umidade e proteção contra luz.
Descarte de EPI hospitalar conforme PGRSS
- EPIs contaminados com material biológico → Grupo A (infectante)
- Perfurocortantes → Grupo E (coletor rígido)
- Resíduos químicos com risco → Grupo B
Acondicionamento, rotulagem, armazenamento temporário e transporte devem seguir o PGRSS e as licenças da empresa coletora.
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Treinamento, ajuste e auditoria
Treinamento contínuo é tão importante quanto a compra adequada. É essencial reforçar ajuste e vedação da PFF2/N95, técnicas de colocação e retirada (donning/doffing) e simulações por setor. Auditorias ajudam a identificar falhas de adesão, trocas inadequadas e descarte incorreto, permitindo ações corretivas baseadas em indicadores de uso.
Checklist rápido para implementar hoje
- Revisar a matriz de EPI por procedimento.
- Auditar CAs dos lotes ativos.
- Aplicar FEFO no estoque e padronizar armazenamento.
- Reforçar treinamento de PFF2/N95, donning/doffing e descarte.
- Garantir segregação correta no PGRSS desde a origem.
Conclusão
O EPI hospitalar eficaz começa na análise precisa do risco, passa por compra qualificada com CA vigente, treinamento contínuo, e termina no descarte correto, tudo sustentado por protocolos e auditorias regulares.
Com uma matriz clara de EPIs por procedimento, fornecedores confiáveis e PGRSS bem estruturado, é possível elevar a segurança ocupacional sem comprometer produtividade ou qualidade assistencial e ainda garantir vantagem competitiva no ranqueamento orgânico.




