Telemedicina e PACS: agilidade no acesso ao exame digital
Atualizado em 22 de outubro de 2024 por Redação
Como gestor de clínica médica, você já ouviu falar de termos como PACS (Picture Archiving and Communication System), RIS (Radiology Information System) e PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente). Mas o que todas estas siglas têm em comum e o que elas têm a ver com telemedicina? De forma geral, todas se referem a sistemas de gerenciamento de informações de saúde, armazenamento e compartilhamento do exame digital e, ao serem integradas com os laudos online, ajudam a organizar e dar agilidade no atendimento das demandas.
O uso dessas ferramentas faz parte da transformação digital por que passa o setor da saúde e cada vez mais estas soluções estão presentes em consultórios e clínicas que buscam modernizar os serviços e o atendimento. No caso específico de PACS, seu uso é indispensável para clínicas que armazenam e compartilham imagens digitalmente, pois é ele que padroniza este tipo de comunicação.
E sua importância vai além: ao ser integrado com o RIS, PEP e também com a telemedicina, possibilita que as clínicas tenham mais precisão nos exames e laudos médicos e na gestão das informações clínicas. Se todo o processo for digitalizado desde o início do atendimento, as falhas com o registro manual das informações serão evitadas, assim como será possível apoiar melhor o médico durante a consulta.
Neste artigo, vamos falar sobre como a integração destes sistemas, e em especial do PACS com a telemedicina, otimiza a gestão com o acesso facilitado ao exame digital.
No artigo você vai entender:
1 – O papel do PACS no exame digital;
2 – A importância das integrações entre os sistemas;
3 – De que forma a telemedicina melhora os processos.
O papel do PACS no exame digital
PACS é o sistema que gerencia as imagens digitais geradas por equipamentos de tomografia, mamografia, ressonância magnética, ultrassonografia e radiografia, e das informações de outros aparelhos de exames, que precisam ser convertidas em arquivos digitais de imagem para armazenamento e compartilhamento.
Esse sistema é fundamental para atender todo o fluxo do exame digital, desde a realização, passando pelo processo de laudo até o diagnóstico junto ao médico que o requisitou. Além disso, a interoperabilidade do PACS garante que ele se comunique com os outros sistemas digitais utilizados pela clínica, como o RIS e o PEP.
Porém, as imagens digitais e informações geradas pelos equipamentos de exames devem seguir um formato eletrônico único para serem transitadas pelo PACS. É o DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), especificação que estabelece um conjunto de normas e protocolos unificados que garantem segurança e qualidade no arquivamento e compartilhamento do exame digital – as imagens não sofrem perda na qualidade, o que poderia alterar a interpretação feita pelos médicos, por exemplo. A ferramenta foi criada em 1983 pelo American College of Radiology (ACR) e pela National Electrical Manufacturers Association (NEMA) e já está na terceira versão (DICOM 3.0).
A padronização estabelecida pelo formato DICOM e pelo sistema PACS também permite realizar a transferência rápida e o armazenamento das imagens e informações do exame digital na nuvem, permitindo seu acesso de qualquer computador ou dispositivo móvel autorizado pela clínica. Essa comunicação é que abre a possibilidade de se realizar os laudos à distância via telemedicina.
Entre as vantagens do PACS, podemos destacar:
- armazenamento de imagens e laudos em uma plataforma digital, facilitando a organização e busca;
- mais qualidade e segurança no armazenamento e compartilhamento dos exames, que estão padronizados pelos DICOM;
- apoio no diagnóstico, já que o PACS, além de oferecer mais qualidade nas imagens para os laudos, abriu a possibilidade de os exames serem laudados à distância, por serviços de telemedicina e mais especialistas;
- otimização da gestão pela comunicação com RIS e PEP e outros sistemas digitais utilizados pela clínica (interoperabilidade);
- melhora no atendimento, pois os exames podem ser disponibilizados diretamente nos computadores dos médicos durante a consulta.
Dessa forma, estar de acordo com os padrões DICOM e PACS é necessário para que a clínica possa utilizar outras ferramentas digitais, melhorando seus processos e o atendimento.
A importância das integrações com PACS
Enquanto o PACS faz o gerenciamento padrão das imagens do exame digital, o RIS e o PEP vão além e organizam todas as informações da clínica ou do paciente, cada um de uma forma e com um propósito. Já a telemedicina otimiza a realização de exames e laudos, conforme veremos a seguir.
O RIS é o software específico para a gestão de clínicas que realizam exames de imagem, conhecidos como centros de diagnóstico por imagem. Essa ferramenta automatiza todo o fluxo de trabalho, desde o agendamento do procedimento, passando pelo atendimento até a distribuição do resultado do exame, agilizando processos e reduzindo erros. Neste caso, a integração com o PACS é fundamental, já que estas clínicas precisam gerenciar um grande volume de imagens médicas e agrupá-las com eficiência em seu sistema.
O PEP é a ficha do paciente, mas totalmente digitalizada e online, que reúne todas as informações clínicas e assistenciais sobre o atendimento, além de armazenar o histórico. A ideia do prontuário eletrônico é auxiliar os atendimentos realizados em qualquer instituição de saúde. Por isso a importância do PACS para o pleno uso do PEP, já que o exame e o laudo digital precisam ser compartilhados e armazenados pelos prontuários. Lembrando que os PEP’s também são integráveis aos sistemas de gestão das clínicas, postos de saúde e hospitais públicos e privados.
De que forma a telemedicina melhora o processo?
Como vimos, o PACS permite que as imagens e os laudos dos exames transitem de forma online, com qualidade e segurança, e ainda integrados em diferentes sistemas digitais. Por isso, é ferramenta essencial para o uso da tecnologia da telemedicina, que oferece a possibilidade de laudar exames remotamente, ou seja, por especialistas de ‘fora’ da clínica.
Ao implantar a solução de laudos online, todo o processo do exame digital é feito integrado ao PACS. As imagens de Eletrocardiograma (ECG), Espirometria, Eletroencefalograma, Mamografia, Raios-X, por exemplo, são obtidas diretamente dos aparelhos e logo enviadas via internet a uma equipe de médicos especialistas, habilitados a laudar remotamente. Na Portal Telemedicina, por exemplo, prontamente os laudos são disponibilizados à clínica – em casos mais urgentes, em minutos após a realização do exame.
Além disso, a Portal segue todas as normas como a Resolução RDC/ANVISA n.º 302, que define a guarda de laudos médicos por cinco anos, e a Resolução CFM nº 1.821/07, que determina que as empresas prestadoras do serviço de telemedicina possuam meios tecnológicos seguros para armazenamento online de informações dos pacientes.
Outro ponto positivo em relação a telemedicina é que os laudos online também podem ser integrados ao RIS e aos Prontuários Eletrônicos, mantendo as informações clínicas do paciente organizadas e acessíveis para diferentes equipes e profissionais, a qualquer momento.
Em resumo, podemos dizer que a telemedicina, assim como o PACS, é um facilitador para o exame digital. A integração das duas tecnologias – e também com o RIS e o PEP – permite que as clínicas tenham agilidade e eficiência na prestação do serviço de saúde. Ter reunidos os dados de exames, cadastrais e clínicos vai impactar positivamente no atendimento ao paciente, que ganha qualidade com diagnósticos mais precisos. Além de facilitar o fluxo de trabalho para equipe de colaboradores.
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