Bronquiolite: Sintomas, causas e tratamentos em bebês
Atualizado em 19 de novembro de 2024 por Redação
A bronquiolite é uma infecção respiratória comum e potencialmente grave que afeta principalmente bebês e crianças pequenas. Entender essa condição é essencial para agir de forma preventiva e oferecer os cuidados necessários.
Neste artigo completo, explicamos o que é bronquiolite, seus sintomas, causas, tratamentos e medidas de prevenção.
O que é bronquiolite?
A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, as pequenas vias aéreas nos pulmões, responsáveis por transportar o ar até os alvéolos pulmonares onde ocorrem as trocas gasosas. Ela acomete principalmente crianças menores de 2 anos, sendo mais comum entre os 2 e 6 meses de idade devido ao seus sistemas respiratórios e imunológicos ainda não estarem totalmente desenvolvidos, o que facilita a infecção e a obstrução das vias aéreas menores. A doença provoca inchaço e acúmulo de muco nos bronquíolos, dificultando a respiração.
Causas da bronquiolite
O principal agente causador da bronquiolite é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por até 80% dos casos. Outros vírus também podem estar relacionados, como o rinovírus, adenovírus e influenza.
A doença é mais prevalente durante o outono e o inverno, estações em que esses vírus circulam com maior intensidade. Além disso, ambientes fechados e contato próximo com pessoas infectadas aumentam o risco de transmissão.
Sintomas da bronquiolite
Os sintomas iniciais da bronquiolite podem lembrar um resfriado comum. No entanto, com a progressão da doença, os sinais podem incluir:
- Tosse persistente;
- Respiração rápida ou ofegante;
- Chiado no peito e dificuldade para respirar;
- Diminuição do apetite e irritabilidade;
- Em casos mais graves, cianose (coloração azulada da pele).
Fique atento à evolução desses sintomas, especialmente em bebês menores de 6 meses.
Diagnóstico da bronquiolite
Na maioria dos casos, o diagnóstico é realizado com base nos sintomas e no exame físico. O pediatra avalia os sinais clínicos e pode recorrer a exames complementares para confirmar a condição ou descartar outras doenças.
Entre os exames que podem ser solicitados estão:
- Oximetria de pulso: para medir os níveis de oxigênio no sangue.
- Radiografia de tórax: utilizada para descartar condições como pneumonia.
- Teste rápido de vírus: detecta o VSR ou outros vírus respiratórios.
Tratamento da bronquiolite
Por ser uma infecção viral, a bronquiolite não possui tratamento específico. O foco é aliviar os sintomas e garantir que o bebê esteja devidamente hidratado e respirando bem.
As principais medidas incluem:
- Oferecer líquidos regularmente para evitar desidratação;
- Usar umidificadores de ar ou soluções salinas para aliviar a congestão nasal;
- Elevar a cabeceira do berço para facilitar a respiração;
- Em casos graves, oxigenoterapia e monitoramento hospitalar podem ser necessários.
O uso de antibióticos só é indicado em casos de infecção bacteriana secundária, conforme orientação médica.
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Prevenção da bronquiolite
Adotar práticas preventivas é a melhor forma de proteger o bebê:
- Higiene rigorosa: Lave as mãos antes de tocar no bebê.
- Evitar contato com pessoas doentes: Isso reduz o risco de exposição a vírus.
- Não fumar perto da criança: O fumo passivo aumenta a vulnerabilidade do bebê a infecções respiratórias.
- Aleitamento materno: O leite materno fortalece o sistema imunológico do bebê.
Para bebês de alto risco, como prematuros ou com condições pulmonares, o uso do anticorpo monoclonal palivizumabe pode ser recomendado durante a temporada de VSR.
Quando procurar ajuda médica?
Você deve buscar ajuda médica imediatamente se o bebê apresentar sinais como:
- Dificuldade respiratória evidente;
- Pele, lábios ou unhas azuladas (cianose);
- Recusa alimentar persistente;
- Febre alta que não diminui com medicamentos.
Esses sintomas podem indicar um agravamento da condição e demandam atenção médica urgente.
Como a telemedicina contribui no diagnóstico e manejo da bronquiolite
A telemedicina tem se consolidado como uma ferramenta poderosa no cuidado pediátrico, especialmente em condições respiratórias como a bronquiolite. Por meio da tecnologia, é possível fornecer orientação médica ágil e acessível, beneficiando tanto os pais quanto os profissionais de saúde. Confira como a telemedicina pode ajudar no diagnóstico e manejo dessa doença:
1. Avaliação remota e triagem
Com o uso de plataformas de telemedicina, os pais podem relatar sintomas como tosse persistente, chiado no peito e dificuldade respiratória ao pediatra por videochamada. Isso permite uma avaliação inicial e ajuda a determinar a gravidade do caso.
2. Monitoramento contínuo em casa
Nos casos leves, o médico pode acompanhar a evolução dos sintomas à distância, instruindo os pais sobre medidas simples, como aspiração nasal ou hidratação, além de orientá-los sobre sinais de alerta que exigem atenção imediata.
3. Uso de dispositivos conectados
Equipamentos como oxímetros de pulso podem ser usados no ambiente doméstico para monitorar a saturação de oxigênio da criança. Esses dados podem ser enviados em tempo real ao médico, oferecendo maior precisão na avaliação do estado de saúde do bebê.
4. Acesso a especialistas em qualquer lugar
A telemedicina elimina barreiras geográficas, conectando os pais a pneumologistas pediátricos e outros especialistas, mesmo em regiões remotas. Isso é fundamental para casos mais complexos que demandam uma avaliação especializada.
5. Prevenção de exposição a outros patógenos
Evitar deslocamentos desnecessários para clínicas ou hospitais reduz o risco de exposição do bebê a outros vírus, como gripe ou COVID-19, que podem agravar o quadro respiratório.
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Quando o atendimento presencial é necessário
É importante destacar que, apesar dos benefícios, a telemedicina não substitui o atendimento presencial em casos graves. Sinais como dificuldade extrema para respirar, cianose ou recusa alimentar exigem intervenção médica imediata em um ambiente hospitalar.
Com a telemedicina, pais e responsáveis ganham um recurso valioso para agir rapidamente e com segurança diante de um quadro de bronquiolite, promovendo um cuidado mais eficiente e humanizado.
Conclusão
A bronquiolite é uma condição que exige atenção, especialmente em bebês e crianças pequenas. Embora muitos casos sejam leves e tratados em casa, é essencial reconhecer os sinais de alerta e adotar medidas preventivas para proteger os pequenos.