No que você pensa quando se fala em segurança do trabalho? Uma rápida pesquisa online por esse termo leva a textos e imagens sobre a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), as normas e leis que regem esse âmbito, conscientização e como evitar acidentes.
No entanto, a saúde ocupacional também faz parte da segurança do trabalho e desempenha um papel muito importante na promoção da saúde física e mental dos trabalhadores. Neste artigo, você vai entender melhor o que é a segurança do trabalho e para que serve.
Setor essencial nas empresas de todos os portes e setores, a segurança do trabalho (ST) é o conjunto de normas, atividades, medidas e ações preventivas que são desenvolvidas para garantir e melhorar a segurança do ambiente de trabalho, atuando também na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
Com o objetivo de proteger a integridade física dos trabalhadores, a área de segurança do trabalho analisa, com técnicas específicas de estudo, os fatores que podem ser causa de doenças ou acidentes de trabalho. Dessa forma, é possível evitar situações que afetem a saúde e qualidade de vida das pessoas. Ao manter um ambiente de trabalho seguro, a ST influencia positivamente na produtividade dos funcionários da empresa e ajuda até mesmo na redução de custos, pois ações preventivas evitam que seja necessário direcionar recursos para o tratamento de um colaborador que tenha se acidentado, ou para eventuais processos judiciais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde ocupacional, que faz parte da segurança do trabalho, busca “promover a melhoria das condições de trabalho e outros aspectos de higiene ambiental”. Por meio de boas práticas de saúde ocupacional, é possível melhorar o ambiente de trabalho e torná-lo mais saudável para todos que o frequentam.
A segurança do trabalho não surgiu do nada. Desde a Revolução Industrial, quando as condições de trabalho eram duríssimas, até os dias de hoje, essa área evoluiu bastante. No passado, trabalhadores sofriam com jornadas extenuantes e pouca ou nenhuma proteção. Foi a partir de diversas tragédias e movimentos trabalhistas que as primeiras regulamentações começaram a surgir. No Brasil, a segurança do trabalho ganhou mais força com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943 e, ao longo dos anos, passou a incorporar novas normas e práticas para garantir que os trabalhadores possam exercer suas funções de forma segura e digna. Conhecer essa história nos ajuda a valorizar ainda mais as conquistas e a importância da segurança no ambiente de trabalho.
No dia a dia, os trabalhadores enfrentam diversos tipos de riscos ocupacionais que podem comprometer sua saúde e segurança. Os riscos físicos, como ruídos e radiações; químicos, como a exposição a substâncias tóxicas; biológicos, como o contato com agentes patogênicos; ergonômicos, relacionados a má postura e esforços repetitivos; e psicossociais, como o estresse e a pressão no trabalho, estão presentes em diferentes níveis em cada ambiente laboral. Entender esses riscos é fundamental para preveni-los e garantir que cada colaborador tenha um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
Diversas normas de segurança do trabalho regulam as atividades. Todas são regidas pela Portaria n.º 3.214/1978 do Ministério do Trabalho. Esse documento estabeleceu as 37 Normas Regulamentadoras da área, que servem para determinar como a ST deve ser desenvolvida em cada empresa, o quadro de funcionários, bem como as penas e sanções em caso de descumprimento.
Veja a seguir quais são as 37 Normas Regulamentadoras:
Equipamentos de segurança no trabalho são fundamentais para a proteção dos colaboradores em diversas áreas, desde fábricas e indústrias até o setor de serviços. Esses dispositivos são projetados para prevenir acidentes e minimizar os riscos no ambiente de trabalho. Entre os principais equipamentos estão os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), que incluem capacetes, luvas, protetores auriculares, óculos de proteção e calçados especiais.
Os EPIs são essenciais para proteger os trabalhadores de lesões físicas, exposição a substâncias químicas perigosas, ruídos excessivos e outros riscos. Além disso, o uso correto desses equipamentos é regulamentado por normas como a NR-06, que define as responsabilidades do empregador e do empregado na utilização e fornecimento dos equipamentos.
Além dos EPIs, também há os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva), como barreiras físicas, sistemas de ventilação e dispositivos de sinalização, que protegem todos os trabalhadores no ambiente. Esses dispositivos garantem que o ambiente de trabalho seja mais seguro para todos.
Por fim, a escolha e o uso adequado desses equipamentos dependem de uma avaliação minuciosa dos riscos presentes no local de trabalho e da formação adequada dos colaboradores para o uso correto de cada dispositivo. Empresas que priorizam a segurança com o uso de EPIs e EPCs estão investindo não apenas no bem-estar dos seus colaboradores, mas também na eficiência e produtividade.
Segurança do trabalho vai além de seguir regras e usar equipamentos de proteção. Trata-se de criar uma cultura dentro da empresa, onde todos, desde os gestores até os colaboradores, estejam comprometidos em manter o ambiente seguro. Uma cultura de segurança começa com o exemplo da liderança, passa pela educação constante dos funcionários e se reflete nas atitudes do dia a dia. Quando a segurança é prioridade, ela se torna um hábito, e não uma obrigação. Isso faz toda a diferença na prevenção de acidentes e na promoção de um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.
A segurança no trabalho não é algo que se aprende uma vez e pronto. Com as constantes mudanças nas regulamentações e a introdução de novas tecnologias, é essencial que os colaboradores estejam sempre atualizados. Treinamentos regulares não só reforçam as normas e práticas de segurança, como também criam uma cultura de prevenção e responsabilidade entre os funcionários. Capacitar a equipe de forma contínua é garantir que todos saibam como agir em situações de risco e como contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro.
A tecnologia tem sido uma grande aliada da segurança do trabalho, tornando os processos mais eficientes e seguros. Equipamentos de proteção cada vez mais inteligentes, sensores de monitoramento em tempo real e softwares de gestão de riscos estão mudando a forma como as empresas cuidam de seus colaboradores. Com o uso da IoT (Internet das Coisas) e da inteligência artificial, é possível antecipar riscos e agir preventivamente, evitando acidentes antes que eles aconteçam. Essa transformação digital é um passo importante para garantir a segurança dos trabalhadores em um mundo cada vez mais conectado.
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Diversos profissionais integram o quadro da segurança do trabalho, desde engenheiros e técnicos de segurança no trabalho até médicos e enfermeiros.
Entre as principais atividades desenvolvidas pela equipe de segurança do trabalho, podemos citar:
Além disso, em ambientes onde é necessário utilizar EPIs, é a equipe de ST que faz a orientação sobre como usar corretamente os equipamentos (capacetes, luvas, protetores auriculares, etc.) e como higienizá-los.
Dentro de uma empresa, a segurança do trabalho não serve apenas para zelar pela saúde física e mental dos funcionários e fazer cumprir as Normas Regulamentadoras.
A importância da segurança no ambiente de trabalho é essencial também para motivar e engajar a equipe, diminuir o absenteísmo e o presenteísmo (quando o funcionário está no trabalho, mas sem foco nas atividades) e a concessão de licenças, além de demonstrar aos colaboradores que o empregador valoriza o bem-estar da equipe.
Na prática, isso se traduz em menos atrasos e menos prejuízos financeiros devido a multas, indenizações ou tratamentos médicos de doenças ou ferimentos ocupacionais.
Cada setor de atividade tem suas particularidades quando o assunto é segurança do trabalho. Na construção civil, por exemplo, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) é crucial para evitar quedas e acidentes graves. Já no setor de saúde, a preocupação maior é com a biossegurança e a exposição a agentes infecciosos. Na indústria, os riscos estão mais ligados à operação de máquinas e ao manuseio de materiais perigosos. Entender essas especificidades é essencial para aplicar as normas de segurança de forma eficiente e adequada a cada realidade.
Para garantir que as ações de segurança do trabalho estão funcionando, é necessário acompanhar os indicadores de desempenho. Taxa de acidentes, número de dias perdidos, frequência de treinamentos realizados e nível de satisfação dos colaboradores são alguns dos indicadores que podem ser monitorados. Esses dados ajudam a identificar pontos de melhoria e a ajustar as estratégias, garantindo que a segurança do trabalho não seja apenas uma teoria, mas uma prática efetiva dentro da empresa.
A área de Segurança do Trabalho é bastante ampla e essencial em empresas de diferentes setores e portes. Quando aliada à saúde e segurança no trabalho, pode promover qualidade de vida, saúde e bem-estar para todos os funcionários.
A tecnologia é uma grande aliada da segurança do trabalho e, especialmente no caso da saúde ocupacional, pode ajudar clínicas, médicos e técnicos a agilizar atendimentos, tornando a emissão de atestados médicos, laudos e diagnósticos mais eficiente.
Com o apoio da telemedicina, é possível ainda contribuir para que as consultas periódicas, admissionais ou demissionais sejam realizadas mais rapidamente, bem como os atendimentos relacionados a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e muitas outras.
Por meio da plataforma da Portal Telemedicina, é possível realizar a integração com a SOC, o que permite que os resultados de laudos sejam recebidos diretamente na ficha clínica do colaborador.
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Segurança do trabalho refere-se ao conjunto de medidas e práticas adotadas para prevenir acidentes e doenças ocupacionais no ambiente de trabalho. Isso inclui a implementação de normas, o uso de equipamentos de proteção e a educação contínua dos colaboradores sobre boas práticas de segurança.
O técnico de segurança do trabalho é responsável por inspecionar as condições do ambiente de trabalho, identificar riscos, implementar medidas preventivas, treinar os colaboradores e garantir o cumprimento das normas de segurança. Eles também monitoram o uso correto dos EPIs e orientam a equipe sobre a prevenção de acidentes.
O engenheiro de segurança do trabalho planeja e coordena projetos para a implementação de sistemas de segurança em empresas, além de avaliar os riscos de acidentes e desenvolver medidas de controle. Ele também colabora na criação de políticas de segurança e na adoção de tecnologias inovadoras para aumentar a segurança dos trabalhadores.
O PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) é um documento exigido pela NR-01, que visa identificar, avaliar e controlar os riscos no ambiente de trabalho. Ele é elaborado com base nos perigos identificados em cada setor da empresa e define as medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas.
O DDS (Diálogo Diário de Segurança) é uma breve reunião feita no início do expediente, onde os trabalhadores discutem temas relacionados à segurança, saúde e boas práticas no ambiente de trabalho. O objetivo é reforçar o comprometimento com a prevenção de acidentes e promover a conscientização diária sobre os riscos.
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