O atendimento médico humanizado vem ganhando cada vez mais visibilidade entre os profissionais da área no Brasil e desponta como uma das tendências para o futuro da medicina. Mais do que realizar um diagnóstico eficiente, o trabalho do médico também envolve a construção de um relacionamento de confiança com quem o procura, enxergando a individualidade desse paciente em primeiro plano — e não a doença.
E isso vale também para a telemedicina! Mesmo no ambiente digital, o encontro entre médico e paciente também pode — e deve — considerar o tratamento humano uma prioridade. Para isso, é importante que sejam adotadas algumas boas práticas que ajudem a tornar a consulta mais acolhedora.
Neste artigo, você confere dicas para implementar algumas das práticas da medicina humanizada nas consultas remotas, bem como a importância dessas atitudes na construção da sua relação com os pacientes, independentemente da especialidade médica.
Em primeiro lugar, quando se trata de consultas remotas, é importante escolher bem em quais tecnologias você irá se apoiar para realizar os atendimentos dos seus pacientes. Por isso, contar com uma solução confiável, segura e desenvolvida para essa finalidade é muito mais interessante do que utilizar as ferramentas de vídeo comuns.
Embora funcionem de maneira similar às videochamadas, as plataformas desenvolvidas especificamente para a prática da telemedicina, como o SOS Portal, garantem mais segurança da informação, com criptografia de ponta a ponta, e dispõem de outras funcionalidades úteis para médicos e pacientes, como a possibilidade de visualizar os exames já realizados, laudos, histórico do paciente e emitir receitas e documentos virtuais com assinatura digital do médico.
Ao iniciar a consulta online, é imprescindível deixar o paciente a par de como ocorre o atendimento remoto. Embora o uso da internet para teleconsulta tenha se tornando cada vez mais comum no Brasil, com mais de 7,5 milhões de consultas online realizadas entre 2020 e 2021, é possível que seu paciente esteja sendo atendido dessa forma pela primeira vez e ainda não saiba como funciona.
Além disso, essa é uma forma de tranquilizar o paciente, explicando que as diferenças entre a consulta presencial e virtual são pequenas, bem como os benefícios da adoção da telemedicina, como a emissão de laudos a distância e a ampliação do alcance do atendimento médico. Por isso, explique tudo com calma e tire as dúvidas que ele tiver sobre o atendimento remoto.
Um ponto de atenção no atendimento médico humanizado é a linguagem utilizada para se comunicar com o paciente. O vocabulário médico é repleto de termos, nomes de patologias e de partes de corpo que não são comumente usados por pessoas de fora da área. Por que falar que vai fazer a “anamnese” do paciente, se você pode simplesmente dizer que vai conversar com ele para entender os sintomas que ele apresenta e seu histórico de saúde?
É importante fornecer os nomes corretos das doenças e tratamentos, mas também explicá-los de forma que a pessoa compreenda. A linguagem, portanto, deve ser adaptada de acordo com cada paciente, respeitando as limitações de cada um. Há pacientes que possuem mais acesso à informação, enquanto outros precisam de mais apoio. Independentemente do caso, quanto melhor for a compreensão do paciente sobre a situação em que se encontra, mais facilmente ele irá aderir ao tratamento sugerido e seguir as recomendações que você fizer.
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Assim como nas consultas realizadas presencialmente, deve-se manter sempre o foco no paciente, evitando distrações. Se você realiza seus atendimentos online de casa, tenha um ambiente específico para o trabalho, onde possa ficar livre de distrações e realmente se concentrar nas consultas. Se atende a partir de uma clínica ou hospital, possivelmente seu consultório já está organizado de forma a evitar distrações. Portanto, aja da mesma maneira que atende em uma consulta presencial.
Lembre-se de não ficar olhando o celular ou com abas desnecessárias abertas em seu computador. Quanto mais focado você estiver no paciente e nas demandas que ele lhe está relatando, melhor será a experiência da consulta para ele, e mais informações você conseguirá captar a partir da conversa.
Empatia é a palavra central quando se fala de atendimento médico humanizado. Ouvir o paciente, realmente escutar o que ele tem a dizer, e acolhê-lo para além dos sintomas que está relatando é o que diferencia as consultas humanizadas dos tratamentos que não colocam o indivíduo no centro do processo.
Da mesma forma que em suas consultas presenciais, preste atenção no que o paciente diz, mas também no que não é dito. O modo de agir e como ele se comporta demonstram muito sobre o estado emocional da pessoa, e estar atento a esses detalhes pode ajudar você, na condição de profissional de saúde, a conduzir o atendimento da melhor forma possível. Além disso, evite fazer julgamentos ou constranger o paciente — isso não contribui para o diagnóstico e pode, inclusive, fazer com que a pessoa não dê sequência ao tratamento.
Todas essas dicas são boas práticas que devem ser adotadas para que a consulta seja realmente humanizada, seja virtual ou não. A tecnologia permite que pessoas que estão fisicamente distantes se conectem e o atendimento médico humanizado dá um passo além nesse quesito, possibilitando que médicos criem uma relação de confiança com seus pacientes, que podem estar em outras cidades, ou até mesmo em outro país.
Vale ressaltar que a telemedicina humanizada traz benefícios para todos os envolvidos:
Tudo isso por meio de experiências positivas e construtivas no atendimento virtual. A humanização da saúde é uma mudança de paradigma e um desafio, mas, com capacitação dos profissionais e a atenção voltada ao paciente, é possível fornecer uma escuta mais aberta e acolhedora em todas as situações, presenciais ou remotas.
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