Epicondilite: Tudo o que você precisa saber sobre sintomas, diagnóstico e tratamento
Atualizado em 7 de novembro de 2024 por Redação
A epicondilite, frequentemente chamada de “cotovelo de tenista“, é uma condição inflamatória que afeta os tendões na região do cotovelo e pode causar dor intensa e desconforto, especialmente ao realizar movimentos repetitivos. Embora seja associada a atletas, pode atingir qualquer pessoa com atividades repetitivas que envolvam o punho e o antebraço.
O que é epicondilite?
A epicondilite é uma inflamação dos tendões que ligam os músculos do antebraço ao epicôndilo, uma protuberância óssea do cotovelo. Existem dois tipos principais:
- Epicondilite lateral: Atinge a parte externa do cotovelo, geralmente por movimentos de extensão do punho.
- Epicondilite medial: Conhecida como “cotovelo de golfista”, afeta a parte interna do cotovelo, associada a movimentos de flexão do punho.
Qual especialidade médica faz o diagnóstico?
O diagnóstico geralmente é feito por ortopedistas ou reumatologistas, profissionais que avaliam sintomas e, em alguns casos, utilizam exames de imagem para excluir outras condições e confirmar o diagnóstico.
Causas e sintomas da epicondilite
A epicondilite surge devido ao uso excessivo dos tendões do cotovelo, especialmente em movimentos de extensão e flexão do punho, por isso é muito comum em jogadores de tênis e golve, devido a atividade constante nessa região durante a prática do esporte. Causas comuns incluem:
- Movimentos repetitivos no trabalho ou atividades de lazer
- Má postura ou técnica inadequada em esportes
- Excesso de carga nos exercícios físicos
Sintomas principais:
- Dor no cotovelo, que pode irradiar para o antebraço
- Sensação de fraqueza ao segurar objetos
- Dificuldade para realizar tarefas diárias, como abrir portas ou segurar utensílios
Os esportes influenciam no desenvolvimento da epicondilite?
Sim. Esportes que exigem movimentos repetitivos do punho, como tênis, squash, golfe e até musculação, podem aumentar o risco de desenvolver a epicondilite. Atletas são especialmente suscetíveis devido à repetição constante desses movimentos.
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Quando os atletas podem retornar às atividades?
O retorno ao esporte varia conforme a resposta ao tratamento e o tipo de epicondilite. Geralmente, recomenda-se o descanso até que os sintomas estejam completamente controlados. O acompanhamento com um fisioterapeuta é importante para garantir que o atleta esteja preparado para retomar as atividades sem riscos de recaída.
Testes e diagnóstico da epicondilite
O diagnóstico é clínico, mas alguns testes físicos específicos ajudam na identificação:
- Teste de Cozen: O paciente tenta resistir à flexão do punho enquanto o médico pressiona o antebraço.
- Teste de Mill: O paciente estende o cotovelo e o punho enquanto o médico observa se há dor.
Em alguns casos, exames de imagem, como ultrassom e ressonância magnética, podem ser usados para avaliar a extensão da lesão.
Tratamentos para epicondilite
O tratamento da epicondilite inclui tanto opções conservadoras quanto intervenções mais invasivas:
- Repouso e Modificação de Atividades: Evitar movimentos que causem dor é essencial para a recuperação.
- Terapia com Gelo: Alivia a inflamação e a dor na região afetada.
- Exercícios de Fortalecimento: Fisioterapia focada no fortalecimento dos músculos do antebraço ajuda a reduzir a pressão nos tendões.
- Uso de Órteses: Braçadeiras ajudam a reduzir a tensão nos tendões durante as atividades diárias.
- Intervenção Cirúrgica: Em casos graves ou persistentes, a cirurgia pode ser considerada para remover tecido danificado e aliviar a pressão sobre os tendões.
Para casos persistentes, algumas opções adicionais incluem:
- Infiltração com Corticoides: Usada com cautela, pois pode causar efeitos colaterais se aplicada excessivamente.
- Plasma Rico em Plaquetas (PRP): Técnica que injeta componentes do próprio sangue para promover a regeneração.
- Terapia com Ondas de Choque: Técnica não invasiva que estimula a cicatrização dos tecidos.
Medicamentos comumente prescritos
O tratamento pode incluir anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), analgésicos para alívio da dor e, em alguns casos, relaxantes musculares para diminuir a tensão. É importante que a medicação seja orientada por um médico, especialmente para evitar o uso prolongado de corticoides.
Epicondilite tem cura?
Sim, a epicondilite tem cura, especialmente quando o tratamento é iniciado cedo e segue corretamente as orientações médicas. O tempo de recuperação pode variar, e a prevenção é essencial para evitar recaídas.
Dicas para prevenir a epicondilite
Algumas estratégias preventivas incluem:
- Fazer pausas durante atividades repetitivas.
- Usar equipamentos ergonômicos no trabalho.
- Realizar exercícios de alongamento e fortalecimento para os músculos do antebraço.
- Aprender a técnica correta para esportes e atividades físicas.
Telemedicina pode auxiliar?
Sim, a telemedicina pode ser uma ferramenta valiosa para a avaliação inicial e o acompanhamento da epicondilite, especialmente em casos em que o paciente precisa de orientação para o tratamento conservador ou ajuste na medicação.