Entenda como a tecnologia otimiza a triagem na saúde, garantindo processos mais ágeis e um atendimento humanizado
Mais do que uma tendência, a inteligência artificial já possui aplicações concretas e consistentes na área da saúde. Tecnologias avançadas vêm sendo desenvolvidas, testadas e implementadas em hospitais e clínicas e adotadas em diversos âmbitos, desde cirurgias, com uso de robótica e monitoramento do paciente em tempo real, até processos como diagnóstico, atendimento clínico, fortalecimento da pesquisa em medicina e também na triagem dos pacientes.
Neste artigo, você vai entender mais sobre o uso de inteligência artificial no processo de triagem na saúde e como ele contribui com o dia a dia de trabalho em clínicas, hospitais e outras instituições da área.
Quando se chega a um centro médico ou pronto-socorro, é de praxe que alguém responsável pela triagem faça algumas perguntas sobre o estado de saúde do paciente ou solicite o preenchimento de um formulário. Esses dados são usados para analisar o estado em que se encontra a pessoa que busca atendimento: é uma emergência ou o paciente pode aguardar? O apoio médico precisa ser dado em poucos minutos, ou é possível deixar outros pacientes mais urgentes passarem na frente?
Um dos processos mais importantes para a eficiência e agilidade do atendimento, a triagem consiste em determinar a prioridade e urgência dos pacientes que chegam ao hospital ou clínica. Inicialmente desenvolvida para racionar recursos escassos, essa prática começou a ser utilizada durante a Primeira Guerra Mundial e segue sendo um procedimento padrão nas instituições de saúde.
É claro que esse procedimento pode ser feito por seres humanos. Porém, cenários como a pandemia de Covid-19 mostram que instituições de saúde precisam estar sempre preparadas para situações excepcionais e, se possível, utilizar a tecnologia para agilizar processos e permitir mais segurança, eficiência e assertividade no trabalho das equipes médicas e de enfermagem. Por isso, a triagem na saúde também pode se valer do apoio de modelos de inteligência artificial, como muitas instituições já vêm fazendo.
Apostando em um atendimento que mescla o virtual e o presencial, clínicas e hospitais das redes pública e privada podem se apropriar de ferramentas e tecnologias que auxiliam médicos, enfermeiros e demais profissionais da área a realizarem um trabalho mais ágil e eficiente, prezando pela saúde e bem-estar dos pacientes, e ao mesmo tempo contribuindo para a rotina das equipes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em 2021 seu primeiro relatório sobre o uso de inteligência artificial na saúde. O documento apresenta alguns princípios que orientam a utilização dessa tecnologia, como transparência, interesse público, proteção da autonomia humana, inclusão e equidade, responsabilidade e o desenvolvimento de modelos de IA responsivos e sustentáveis. A partir dessas diretrizes, governos, empresas e instituições de saúde passam a contar com um guia para o desenvolvimento e implementação dessa tecnologia.
No caso dos processos de triagem, entre as principais vantagens de contar com o auxílio da inteligência artificial está a maior assertividade na hora de determinar os casos urgentes e que demandam atendimento emergencial. A partir da organização realizada pelo sistema, as equipes médicas podem oferecer assistência de forma mais objetiva mesmo em momentos de grande procura por atendimento ou em ambientes de risco.
Veja alguns dos principais benefícios de adotar a IA como aliada em clínicas, laboratórios e hospitais:
Por não depender do atendimento humano, o próprio sistema já determina a ordem dos atendimentos e prioriza aqueles que apresentam casos de urgência. Isso faz com que o processo ocorra de maneira mais rápida e automática a partir da inserção dos dados do paciente no sistema.
Devido à triagem automatizada, pacientes com quadros de urgência serão imediatamente levados ao início da fila de atendimento, de modo que recebam atenção prioritária e emergencial o mais rápido possível.
Se os exames do paciente apresentarem alguma alteração, o próprio sistema pode detectar e posicioná-lo no início da fila, direcionando a atenção das equipes médicas aos casos mais graves. Esse recurso, por exemplo, faz parte da tecnologia de inteligência artificial para detecção de Covid-19 por meio de exames de imagem, desenvolvido pela Portal Telemedicina em 2020.
Um atendimento humanizado leva em consideração a individualidade do paciente, suas necessidades e particularidades; em um cotidiano atribulado e acelerado, nem sempre médicos e enfermeiros dispõem do tempo necessário para atender cada pessoa com a devida atenção.
Por meio da automação de procedimentos, a rotina das equipes médicas fica mais livre para que os profissionais de saúde possam dedicar mais tempo para os atendimentos individuais e contato com os pacientes.
Ao automatizar uma tarefa que seria desempenhada por um profissional, a IA contribui também para desafogar as demandas das equipes, que agora possuem uma atividade operacional a menos em sua já extensa lista de afazeres.
De acordo com um levantamento feito pela PEBMED em 2020, 78% dos profissionais de saúde relataram sinais da síndrome de burnout no primeiro ano da pandemia de covid-19. Considerando estes cenários críticos, em que muitos profissionais da saúde apresentam quadros de ansiedade, depressão e burnout, contar com o suporte da tecnologia é uma das formas de reduzir o estresse e a pressão sob a qual as equipes estão submetidas.
A inteligência artificial, portanto, é uma forte aliada dos médicos, enfermeiros e profissionais que atuam nas instituições de saúde. Tecnologias como essa são implementadas não com o objetivo de substituir o papel dos humanos, mas como uma forma de ajudar as equipes a desempenhar um trabalho mais eficaz, ágil e objetivo em suas rotinas de trabalho.
Pensando em todos os benefícios que resultam do uso de IA por clínicas e hospitais, a Portal Telemedicina desenvolveu uma ferramenta própria para a detecção de covid-19 por meio de exames de imagem, em parceria com o Grupo Pardini.
Essa solução acelera o processo de diagnóstico de pacientes com o vírus a partir da análise de exames de raio-x e tomografias dos pulmões. O algoritmo faz uma varredura nos exames e avalia a presença de alterações, diferencia casos de covid-19 de quadros como pneumonia e sinalizam para os médicos em até dez minutos os casos suspeitos. Dessa forma é possível iniciar com agilidade o processo de isolamento do paciente e o tratamento adequado.
Além desse sistema, a equipe da Portal Telemedicina já desenvolveu mais de 30 algoritmos de detecção automática de patologias, buscando sempre garantir acurácia para o apoio aos diagnósticos. Para os clientes, isso se reflete em mais agilidade no fluxo de trabalho e redução dos custos dos exames. Além disso, a sensibilidade dos algoritmos está sempre em desenvolvimento, uma vez que são programados a partir de um sistema de “machine learning” (aprendizado de máquina) e se tornam mais precisos ao longo do uso.
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