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O que é tromboembolismo pulmonar? Sintomas, diagnóstico e tratamento

7 min. de leitura

Você já ouviu falar em tromboembolismo pulmonar? Também chamado de embolia pulmonar, esse problema ocorre quando um coágulo de sangue se desloca até os pulmões, provocando um bloqueio arterial pulmonar. É uma emergência médica grave, mas que pode ser evitada e tratada com rapidez.

Neste post, vamos responder às principais dúvidas sobre o TEP: o que é, como identificar, quem corre mais risco, quais os tratamentos disponíveis e como a telemedicina pode ajudar no acompanhamento.

O que é tromboembolismo pulmonar?

O tromboembolismo pulmonar (TEP) acontece quando um coágulo no pulmão bloqueia uma ou mais artérias pulmonares, dificultando a passagem do sangue e comprometendo a oxigenação do corpo. Esse coágulo geralmente se forma nas pernas (na chamada trombose venosa profunda) e migra até os pulmões pela corrente sanguínea.

Essa obstrução pode causar infarto pulmonar, sobrecarga no coração e até levar à morte se não for tratada rapidamente. Por isso, reconhecer os sinais e agir com rapidez é essencial.

Fatores de risco do tromboembolismo pulmonar

O TEP está associado à tríade de Virchow:

  1. Estase venosa (imobilização, viagens longas).
  2. Hipercoagulabilidade (genética, câncer, gestação).
  3. Lesão endotelial (traumas, cirurgias).

Principais fatores de risco:

Tabela azul de tromboembolismo pulmonar

Populações vulneráveis: Idosos (>75 anos), gestantes, pacientes oncológicos e portadores de doenças crônicas (ex.: insuficiência cardíaca).

 

Leia também: Saiba tudo sobre mancha no pulmão

Sintomas de tromboembolismo pulmonar

Nem sempre o TEP dá sinais claros, mas há sintomas que podem servir de alerta. Abaixo, listamos os principais:

  • Falta de ar súbita, mesmo em repouso
  • Dor no peito que piora ao respirar fundo
  • Tosse com sangue (hemoptise)
  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia)
  • Tontura ou desmaios (síncope)
  • Sudorese fria e sensação de mal-estar geral

Quem tem mais risco de desenvolver TEP?

Diversas condições aumentam o risco de trombose e, consequentemente, de tromboembolismo pulmonar. Veja os principais fatores de risco:

  • Imobilização prolongada (acamados, pós-cirurgia, viagens longas)
  • Uso de anticoncepcionais hormonais
  • Câncer e quimioterapia
  • Gestação e pós-parto
  • Histórico familiar ou genético de trombose (ex.: mutação do fator V Leiden)
  • Cirurgias ortopédicas ou abdominais
  • COVID-19 grave ou outras infecções intensas
  • Idade avançada (acima de 75 anos)
  • Obesidade e sedentarismo

Esses fatores favorecem a formação de coágulos no sangue, que podem chegar até os pulmões.

Como é feito o diagnóstico de TEP?

O diagnóstico é feito em etapas:

1. Avaliação clínica e escores

  • Escore de Wells: Calcula a probabilidade pré-teste com base em sintomas e fatores de risco.
  • Escore de Genebra: Adaptado para pacientes com suspeita de TEP e COVID-19.

2. Exames complementares

Importante: Exames normais não descartam TEP em pacientes de alto risco!

Como é o tratamento do tromboembolismo pulmonar

O tratamento deve ser iniciado imediatamente após a suspeita:

1. Anticoagulação

  • Heparina (injetável): Primeira linha em hospitais.
  • DOACs (drogas orais): Rivaroxabana, Apixabana – eficazes e práticos.

2. Trombólise

  • Indicada em casos graves (choque, hipotensão).
  • Dissolve coágulos rapidamente, mas aumenta risco de sangramento.

3. Filtro de veia cava

  • Usado quando anticoagulação é contraindicada (ex.: sangramento ativo).

 

Saiba mais: Tudo sobre tosse psicogênica

Como prevenir o tromboembolismo pulmonar

A prevenção é fundamental, principalmente para quem já teve um episódio anterior de embolia pulmonar. As estratégias incluem:

Dica: Em viagens de avião, levante a cada 2 horas e hidrate-se!

Qual o papel da telemedicina no acompanhamento do TEP?

A telemedicina vem se mostrando uma aliada poderosa no cuidado pós-alta. Veja como ela pode ajudar:

  • Triagem de sintomas: atendimento rápido em caso de sinais de alerta
  • Ajuste da medicação anticoagulante sem sair de casa
  • Reabilitação pulmonar com fisioterapia orientada à distância
  • Orientações personalizadas com especialistas de forma remota

📱 Plataformas como o SOS Portal conectam pacientes a médicos 24h por dia, com laudos e orientações rápidas.

Tromboembolismo pulmonar: Quando procurar ajuda

O tromboembolismo pulmonar é uma condição séria, mas com prevenção, diagnóstico ágil e tratamento correto, é possível evitar complicações graves. Conhecer os sintomas e agir rapidamente diante de sinais como falta de ar súbita pode fazer toda a diferença.

Se você ou alguém próximo apresenta fatores de risco ou sintomas suspeitos, procure ajuda médica imediatamente. Sua saúde vascular agradece.

FAQ (Perguntas Frequentes)

 

O que é tromboembolia pulmonar?

Tromboembolia pulmonar, também conhecida como tromboembolismo pulmonar (TEP), é uma condição grave caracterizada pelo bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões por um coágulo sanguíneo (trombo) que se desloca de outra parte do corpo, geralmente nas veias profundas das pernas ou da pelve. Esse bloqueio dificulta a passagem de sangue pelos pulmões, reduz a oxigenação do organismo e pode levar a complicações sérias ou até à morte se não for tratado rapidamente.

O que significa tromboembolismo pulmonar?

Tromboembolismo pulmonar significa a obstrução de uma artéria pulmonar por um êmbolo, geralmente um coágulo de sangue, que se formou em outra parte do corpo e viajou pela corrente sanguínea até os pulmões. Esse evento impede o fluxo normal de sangue, podendo causar sintomas como falta de ar, dor no peito e, em casos graves, colapso circulatório.

O que causa tromboembolismo pulmonar?

O tromboembolismo pulmonar é causado, na maioria das vezes, por coágulos sanguíneos que se formam nas veias profundas das pernas (trombose venosa profunda) ou da pelve e se deslocam até os pulmões. Os principais fatores de risco incluem imobilização prolongada (viagens longas, pós-cirurgia), câncer, uso de anticoncepcionais, gravidez, tabagismo, obesidade, idade avançada, doenças cardíacas ou pulmonares, histórico familiar de trombose e condições genéticas de hipercoagulabilidade. Outras causas menos comuns são embolia por gordura, ar, líquido amniótico ou células tumorais.

Redação

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