05/08/2019
Telediagnóstico é a emissão de laudo ou avaliação de exames através de dados de imagens e gráficos enviados pela internet.
Trata-se do uso das modernas tecnologias para fornecer informação e atenção médica a pacientes e outros profissionais de saúde situados em locais distantes.
Este método tem revolucionado a forma de atendimento em clínicas médicas e hospitalares por permitir o acesso a especialistas ao mesmo tempo em que otimiza tempo e reduz custos.
Confira a seguir para que serve o telediagnóstico, como funciona, quais os benefícios, a legislação e as tendências para o setor.
Apesar de ser tema de discussão recente no Brasil, há registros da prática do telediagnóstico desde a década de 1940, nos Estados Unidos, quando imagens radiológicas foram transmitidas por linha telefônica entre as cidades West Chester e Filadélfia, na Pensilvânia.
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar aponta que com base neste trabalho, radiologistas canadenses criaram um sistema de telerradiologia nos anos 50.
Hoje esta prática já está avançada e existem experiências com resultados importantes ligados a telediagnóstico em diversos países.
Uma delas é um programa implementado no México em 2010 para rastreio e diagnóstico de câncer de mama em mulheres de 50 a 69 anos.
Uma rede composta por 30 pontos de triagem distribuídos em 11 Estados foi interligada via internet a dois centros de interpretação para que os exames fossem analisados por especialistas.
No Brasil, embora o telediagnóstico tenha sido implementado há mais tempo, a primeira iniciativa do governo federal relacionada a esta prática começou em 2011, com a ampliação do Programa Nacional de Telessaúde.
Cada Estado tem usado o telediagnóstico para laudos de diferentes tipos de exames, conforme o seu maior número de demandas. O Rio Grande do Sul, por exemplo, tem mais problemas respiratórios e foca o serviço de telediagnóstico em exames desta área.
Isso tem melhorado o atendimento nas unidades básicas, que agora podem contar com especialistas, além de reduzir custos do poder público.
O objetivo principal do telediagnóstico é tornar especialistas mais próximos da população, principalmente aquela que vive longe dos grandes centros, onde estão presentes a maioria dos profissionais da saúde, além de agilizar o processo de emissão de laudo de exames, o que, dependendo da complexidade, pode salvar vidas.
No Brasil, um país com alto número de comunidades isoladas e regiões onde há escassez de médicos, o telediagnóstico surge como excelente alternativa para melhora dos cuidados da saúde da população.
Este tipo de atendimento tem sido aplicado com maior frequência em hospitais e clínicas que buscam outras instituições de referência para trocar informações.
Hoje regulada pelo órgão norte americano American Telemedicine Association (ATA), por leis nacionais e conselhos de medicina, a telemedicina já é uma realidade em muitos países e apresenta em sua forma mais básica o uso de infraestrutura convencional de telefonia.
A telemedicina engloba uma série de diferentes tipos de serviços, entre eles o telediagnóstico e a teleconsulta.
Tanto o telediagnóstico quanto a teleconsulta estão entre os itens debatidos na nova resolução da Telemedicina, que chegou a ser publicada em fevereiro pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mas houve um recuo para se ampliar o debate acerca de alguns pontos do documento.
O ofício previa algumas regras para a realização da consulta à distância, entre elas exigia que o primeiro contato entre médico e paciente fosse presencial, exceto em casos em que o paciente está em uma comunidade isolada ou de difícil acesso.
O telediagnóstico normalmente é realizado em dois tipos de situações: em exames realizados em laboratórios e clínicas ou no ambiente pré-hospitalar e hospitalar, como no pronto-socorro, onde um enfermeiro ou socorrista informará os dados coletados nos exames para um especialista para que ele possa encaminhar os primeiros procedimentos a serem realizados até a sua chegada e definir o tratamento apropriado.
Os exames são realizados da forma habitual pelos profissionais habilitados. O que muda é que os dados coletados são enviados diretamente dos equipamentos para a plataforma de telemedicina contratada.
Na Portal Telemedicina as informações são convertidas em arquivos DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) e enviadas pelo sistema PACS, homologado pela Anvisa.
Na central, o médico especialista em emissão de laudo daquele exame recebe as imagens em alta resolução e informações clínicas do paciente e a partir disso faz o diagnóstico em curto intervalo de tempo.
O resultado é enviado para o médico que solicitou o exame também por meio de plataforma online. Assim, caso haja o diagnóstico de um problema grave, há maior agilidade para que o paciente receba o devido encaminhamento.
A Portal Telemedicina tem protocolos rígidos de acionamento e comunicação da equipe nos casos de resultados críticos.
Além da otimização de recursos, já que muitas vezes é economicamente inviável para as clínicas contratar especialistas das mais variadas áreas para fazerem este acompanhamento, a vantagem do telediagnóstico é que o especialista em laudo pode interagir com o profissional que está aplicando o exame em tempo real. Assim, ele pode pedir mais detalhes ou uma investigação maior sobre algum ponto específico, por exemplo.
“Até então, para fazer um exame o paciente agendava uma data e após a realização aguardava dias para que o resultado ficasse pronto e, após, pegava o laudo e marcava uma consulta de retorno para levar o resultado até o seu médico.”, destaca.
– Roberta Rubia de Lima, coordenadora de telediagnóstico da Portal Telemedicina.
Com o telediagnóstico este caminho foi encurtado. Assim, caso o paciente tenha sido diagnosticado com alguma doença em que a corrida contra o tempo é crucial, ganha agilidade para início do tratamento.
Roberta também cita que a utilização deste tipo de tecnologia diminui as taxas de reconvocação do paciente devido algum erro na captura de dados, já que em caso de qualquer tipo de problema o sistema já avisa a clínica na hora e o exame é repetido no ato.
A ATA aponta também outras vantagens, como a redução do tempo e dos custos, por evitar custos com deslocamento de pacientes e pela centralização de especialistas, mas cita que a grande vantagem do momento é a aplicação da telemedicina como um todo na assistência primária a pequenas comunidades em regiões distantes dos grandes centros urbanos, onde há escassez de profissionais especializados. Dessa forma, podemos concluir que os benefícios do telediagnóstico são:
Não há uma legislação específica sobre o telediagnóstico, há ações regulatórias definidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que dizem respeito a questões éticas dos médicos nestes procedimentos e a cuidados necessários para sigilo e segurança das informações dos pacientes nos processos de transmissão e de armazenamento de dados.
O processo de regulamentação da Telemedicina como um todo no Brasil ainda está em fase de discussão. Em fevereiro de 2019 o CFM chegou a publicar as novas diretrizes, mas após pedidos revogou o documento. Assim, a resolução que vale para esta prática hoje no Brasil é a número 1.643, de 2002, assim como a resolução número 2.107/14, que regula a telerradiologia.
As diretrizes do CFM citam que o médico que emitir o laudo à distância poderá prestar o devido suporte diagnóstico e terapêutico em caso de emergência ou quando solicitado pelo médico responsável. Além disso, o CFM recomenda que o telediagnóstico seja realizado por um médico com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na área relacionada ao procedimento.
Outro cuidado necessário neste método é com o sistema de informações da tecnologia utilizada, de forma a preservar a confidencialidade dos dados do paciente. Por isso, na hora de buscar por um serviço deste tipo é importante avaliar a qualificação da equipe de profissionais e se o sistema utilizado é regulamentado pela Anvisa e pelo CFM, além de respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A telemedicina no Brasil e no mundo está em expansão. No Brasil já há tecnologias avançadas em fase de testes e as inovações só não chegam mais rápido ao mercado devido a demora em processos burocráticos para validação.
A tecnologia é vista como a forma de democratizar o acesso a saúde como um todo, não só nas questões relacionadas a diagnóstico e tratamento de doenças, mas também com um importante papel para monitoramento e prevenção.
Portanto, o telediagnóstico será algo cada vez mais presente na vida de todos os brasileiros. Implementar estas tecnologias e tipo de serviço não só aumentará a autonomia de clínicas médicas frente aos pacientes, por mostrar preocupação com agilidade nos processos e acesso a profissionais renomados no país, como trata-se hoje de uma saída para redução de custos.
A contratação de serviços de telemedicina também é vista como possibilidade de aumento de faturamento, já que as horas que os profissionais da clínica passam hoje laudando exames podem ser dirigidas para aumento da produção em outras atividades.
Na hora de procurar um serviço de telemedicina, é importante investigar a credibilidade dos profissionais que trabalham para esta empresa e a qualidade da tecnologia utilizada. Todos os médicos da Portal Telemedicina têm Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
A Portal Telemedicina lauda para todo país, conta com médicos de todas especialidades disponíveis 24 horas por dia e durante sete dias da semana. Além disso, trabalha com software avançado, com conexão direta aos aparelhos médicos, e regulamentado pela Anvisa e pelo CFM.
Hoje a empresa lauda exames em 11 modalidades:
“Temos cases de sucesso com o alcance da telemedicina, com o nosso time de especialistas laudando exames críticos e auxiliando equipes em zona remota na condução do diagnóstico”, destaca Roberta.
A Portal também trabalha com locação e venda de equipamentos médicos. Solicite um orçamento e veja como a contratação deste serviço é a solução que você precisa para inovar o atendimento da sua clínica.
O telediagnóstico no Brasil ainda tem alguns desafios que precisam ser superados, como o acesso a internet banda larga de alta qualidade em todas as regiões, quebra da resistência e ampliação de conhecimento por parte da própria classe médica, além de entraves burocráticos para aprovação de novas tecnologias, mas é um avanço que acontecerá de forma gradual e natural.
Os benefícios que este tipo de sistema pode trazer aos pacientes, que são a principal parte interessada, são muito vantajosos. Clínicas que começarem já a utilizar esta tecnologia e a capacitar o seu corpo de funcionários sairão na frente de uma tendência que muito em breve se aplicará a todos os lugares.
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