O exame de acuidade visual é um dos testes de avaliação ocular. Quando uma pessoa apresenta alterações na visão ou se for necessário testar sua capacidade visual, este exame pode ser solicitado. Ele detecta o grau de aptidão do olho para perceber os detalhes espaciais, ou seja, se a pessoa consegue ou não discriminar a forma e o contorno dos objetos. De uma forma resumida, o exame especifica se a visão de uma pessoa está ou não funcionando normalmente.
Neste artigo, você vai conhecer o passo a passo da avaliação de acuidade visual e saber de qual forma a telemedicina ajuda os profissionais da saúde a realizar o teste e entregar laudos com mais precisão e rapidez.
O teste é simples e por isso bastante solicitado pelos oftalmologistas nas avaliações iniciais. A baixa acuidade visual pode ser consequência de um decréscimo da visão periférica, da perda da visão das cores, além da incapacidade ou perda de aptidão do olho para se ajustar à luz, contraste ou brilho.
Além disso, o exame de acuidade visual é bastante utilizado na medicina do trabalho, em exames admissionais, demissionais e de rotina, aferindo se a pessoa possui algum déficit de visão que poderia causar riscos a ela mesma e a outros trabalhadores. Também é comum em avaliações de habilitação de motoristas.
No entanto, para avaliar a visão de uma forma ampla, é necessário, juntamente com a acuidade visual, analisar a visão para cores, visão periférica e percepção de profundidade com exames como o de movimentos oculares, fundoscopia, tonometria e avaliação das vias lacrimais.
“A acuidade visual é um exame de rotina realizado na consulta oftalmológica. É o primeiro exame que nos mostra se tem algo errado com a visão porque ele nos diz o quanto a pessoa enxerga. Muitas pessoas não percebem que têm a visão ruim e só descobrem quando fazem este exame”, destaca a médica oftalmologista Frayda Elisa Novato Ribeiro.
A acuidade visual é medida mostrando ao paciente objetos de diferentes tamanhos a uma distância padrão do olho — seis metros. A tabela de Snellen, um quadro com letras ou símbolos de diferentes tamanhos organizados em fileiras e colunas, é a mais utilizada nesse exame.
A avaliação não requer nenhum preparo prévio, como a dilatação da pupila feita em outros testes de visão, e pode ser feita em poucos minutos — em média 15. Para o teste, o paciente deve:
O exame de acuidade visual também pode ser feito integrado ao uso de uma série de lentes colocadas em frente aos olhos do paciente, para que faça a leitura das imagens. Nesse caso, apenas o médico deve fazê-lo, pois é ele quem trocará as lentes até que o paciente possa enxergar claramente o quadro. Dessa forma, a prescrição de óculos ou lentes de contato para a correção da visão já é imediata.
A acuidade visual é medida em formato de fração: o numerador refere-se a distância que o olho testado consegue enxergar; e o denominador, trata da distância que um olho normal saudável enxerga. Por exemplo, uma acuidade visual de 20/100 significa que o olho testado vê a 20 pés de distância aquilo que um olho normal pode ver a 100 pés. Assim, quanto maior o denominador, menor a acuidade visual do olho testado. Acuidade visual 20/20 é a considerada normal.
Estes profissionais serão os responsáveis por colocar os pacientes na correta distância da tabela de imagens, além de marcar exatamente em que ponto houve problemas com a leitura.
É a partir destes dados que será possível oferecer uma boa avaliação médica e um laudo condizente com a realidade daquele paciente, possibilitando um tratamento adequado.
“Quando o resultado do teste é alterado, precisamos fazer uma consulta oftalmológica completa para o diagnóstico, pois o exame de acuidade visual apenas nos indica que algo está acontecendo e a visão do paciente está ruim. Na consulta completa conseguimos avaliar se é caso de óculos ou outras doenças e aí o tratamento é direcionado de acordo com a necessidade de cada um”, explica Frayda.
Leia também: Problemas ao realizar e laudar testes de acuidade visual
O daltonismo é uma deficiência na percepção das cores, geralmente hereditária, que afeta mais os homens do que as mulheres. A condição ocorre devido a uma deficiência nos cones da retina, responsáveis pela detecção das cores vermelha, verde e azul.
O teste de Ishihara é o principal exame para identificar o daltonismo. Ele avalia a capacidade do paciente de distinguir entre diferentes tons de cores. Além do teste de Ishihara, outros exames, como o anomaloscópio de Nagel e as lãs de Holmgreen, também podem ser utilizados para diagnosticar o daltonismo e determinar sua gravidade.Detectar o daltonismo precocemente é importante para que os pacientes possam adaptar suas rotinas e melhorar sua qualidade de vida. Embora não haja cura para o daltonismo, existem soluções, como o uso de filtros coloridos em óculos, que podem ajudar os pacientes a lidar melhor com a condição.
A visão é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento infantil. Realizar exames de acuidade visual em crianças é fundamental para detectar precocemente problemas que podem afetar o aprendizado e a qualidade de vida. Estatísticas indicam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas oftalmológicos, como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
Esses problemas podem levar a dificuldades de aprendizado, baixa autoestima e até exclusão social.Os exames de acuidade visual devem começar cedo. O primeiro teste, conhecido como “Teste do Olhinho” ou “Teste do Reflexo Vermelho”, é realizado ainda na maternidade. Esse exame simples e indolor pode identificar doenças graves como catarata congênita e glaucoma, prevenindo a cegueira infantil se diagnosticadas e tratadas precocemente.Na fase escolar, a triagem visual é essencial.
Crianças entre três e seis anos devem realizar o teste de acuidade visual regularmente. Esse exame é geralmente feito pelo pediatra, que utiliza uma tabela com a letra ‘E’ em diversas posições. A criança deve indicar para que lado as perninhas da letra estão viradas. Se houver alguma dificuldade, o pediatra encaminha a criança para um exame oftalmológico completo.
A telemedicina é um processo reconhecido e legalizado mundialmente para análise de resultados de exames e entrega de laudos de forma digital. Os médicos têm acesso rápido e fácil aos resultados de diversos exames, como o de acuidade visual, e podem laudar com agilidade e segurança.
Com a telemedicina, o exame de acuidade visual pode ser aplicado por técnicos e enfermeiros em qualquer clínica ou hospital do país e enviado digitalmente para oftalmologistas laudarem remotamente.
Quando feito com o auxílio de optômetros, a operação fica ainda mais simplificada e os resultados são captados e enviados digitalmente para os serviços de telemedicina, evitando erros no registro de informações e retrabalho. É possível ainda executar diversos testes com caracteres em sequências e cores variadas na escala Snellen.
Algumas empresas, como a Portal Telemedicina, oferecem treinamento para os técnicos e enfermeiros aprimorarem sua habilidade na aplicação dos exames e na integração do processo com laudos digitais, garantindo ainda mais qualidade nas informações captadas e enviadas, e por consequência, no laudo médico.
O processo de telemedicina na Portal passa por um sistema seguro de gerenciamento de informações e imagens que utiliza os protocolos de segurança mais rígidos adotados mundialmente (HIPPA e GDPR) e está devidamente adequado à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A telemedicina, portanto, é uma maneira de agilizar e também qualificar o procedimento e a entrega dos laudos de acuidade visual, que serão feitos por oftalmologistas conceituados — a Portal conta com uma rede de especialistas dos mais renomados hospitais do Brasil.
Para saber mais sobre a realização de exames via telemedicina continue acompanhando nosso blog.
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