Para evitar erros no ECG é imprescindível ter qualificação técnica e dominar todos os pontos relevantes na monitorização cardíaca.
Apesar da sua simplicidade técnica, o eletrocardiograma é um exame de alta relevância na avaliação do paciente e deve ser muito bem executado.
Neste conteúdo, falamos sobre a importância da qualidade técnica na realização do exame de ECG. Também listamos os 10 erros mais comuns que podem comprometer o resultado da avaliação do médico. Confira!
A execução incorreta que gera erros no ECG pode ter consequências graves, como impossibilitar a realização do laudo ou mesmo mascarar um problema de saúde.
A especialista em realização de ECG e responsável por equipes de atendimento hospitalar e domiciliar, Fabiana Carla de Castro Francisco, ressalta também que algumas doenças cardiológicas são tempo-sensíveis.
“Um exame mal feito pode impossibilitar um resultado ágil. O que pode custar a vida do paciente, como no caso de um infarto, por exemplo”.
Neste outro artigo, você pode saber mais sobre as boas práticas para fazer eletrocardiograma.
Conhecer os erros mais comuns na execução do ECG ajudará a prever possíveis falhas e evitar que esses problemas aconteçam. Foi pensando nisso que montamos a lista a seguir.
Como em qualquer atendimento de saúde, na realização do ECG é fundamental garantir que as informações do paciente estejam corretamente registradas.
Esse registro deve incluir nome, data de nascimento, histórico médico relevante e motivo do exame. Erros nessa etapa podem levar a interpretações incorretas dos resultados e outros inconvenientes.
Alguns fatores podem afetar o resultado do eletrocardiograma, como a ingestão de cafeína, certos medicamentos ou a prática de exercícios físicos antes do exame.
Embora seja esperado que o paciente tenha sido previamente preparado, é importante checar se essas situações foram evitadas. Caso haja risco de interferência no resultado, o médico responsável deve ser informado.
A colocação adequada dos eletrodos é essencial para obter um eletrocardiograma preciso. Eletrodos mal posicionados podem levar a artefatos no traçado, dificultando a interpretação correta.
Embora pareça algo básico, a má colocação dos eletrodos no paciente é um dos erros mais comuns no ECG. Por outro lado, devido a sua simplicidade, é um problema que requer pouco esforço para a correção.
Veja neste artigo como fazer eletrocardiograma
Outro erro comum que afeta a qualidade do traçado e, consequentemente, a análise do resultado do ECG é a ocorrência de movimentos durante o exame. Por isso, é importante orientar adequadamente o paciente e acompanhá-lo para evitar possíveis tremores ou movimentos involuntários.
Um item muito importante para evitar erros no ECG é o gel condutor. O produto é utilizado para garantir uma boa condução dos sinais elétricos entre a pele e os eletrodos.
A falta de aplicação adequada do gel também pode causar artefatos no traçado, como os dois itens anteriores, e afetar a qualidade do resultado do eletrocardiograma.
Fios soltos ou a presença de aparelhos eletrônicos próximos podem gerar interferências no sinal do eletrocardiograma, comprometendo sua precisão.
Sendo assim, é essencial manter o ambiente livre de possíveis fontes de interferência. Isso inclui orientar o paciente quanto a necessidade de deixar seus aparelhos eletrônicos no local indicado, longe da sala de exame.
O cuidado com o equipamento é outro fator importante para evitar erros no ECG. Assegure-se de que a calibração do aparelho está correta.
Esse ponto é essencial para garantir a precisão dos valores medidos. Uma calibração inadequada pode levar a leituras incorretas dos complexos cardíacos.
É preciso estar atento à velocidade de registro do eletrocardiograma. Esse é um fator essencial para a análise correta das ondas e segmentos. Uma velocidade muito rápida ou muito lenta pode dificultar a interpretação do resultado.
A realização de um eletrocardiograma requer habilidades técnicas e conhecimento adequado. A falta de treinamento do profissional responsável pela execução do exame pode resultar em erros no ECG, desde a orientação ao paciente até a obtenção dos dados.
A interpretação do eletrocardiograma, com suas ondas, segmentos ou intervalos, requer conhecimento e experiência. Erros nessa identificação podem levar a diagnósticos equivocados e à perda de informações importantes sobre a saúde cardíaca do paciente.
Além da qualificação dos profissionais responsáveis pela realização do eletrocardiograma, a tecnologia também pode ser usada para melhorar a qualidade técnica da avaliação médica.
Um bom exemplo disso é o algoritmo desenvolvido pela Portal Telemedicina que detecta exames com baixa qualidade técnica usando inteligência artificial. O uso de AI na triagem conseguiu reduzir em 40% a taxa de repetição do ECG.
Ficou interessado no tema? Aqui você encontra um artigo completo sobre a aplicação de inteligência artificial para otimizar o fluxo de trabalho em clínicas que realizam eletrocardiograma.
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