A dislalia, também conhecida como transtorno fonológico, é um distúrbio da fala bastante comum, principalmente em crianças. Caracteriza-se pela dificuldade em articular corretamente os fonemas, comprometendo a comunicação, a vida escolar e até a autoestima.
Embora seja frequente, a dislalia pode gerar dúvidas em pais, educadores, médicos e fonoaudiólogos. Neste artigo completo, vamos explorar o que é a dislalia, seus tipos, causas, sinais de alerta, formas de diagnóstico, tratamento e como a telemedicina pode apoiar nesse processo.
A dislalia é um transtorno da linguagem caracterizado por falhas na pronúncia dos sons da fala. Pode ocorrer de diferentes formas:
Essas alterações comprometem a clareza da fala e, quando não tratadas, podem impactar a leitura, escrita e desenvolvimento social.
A Dislalia pode ser classificada em diferentes tipos, de acordo com sua origem e características:
Tipos de dislalia e suas características
Tipo de Dislalia | Causa Principal | Características | Prognóstico |
Evolutiva | Desenvolvimento natural da fala até ~4 anos | Troca ou omissão de sons típicos da idade | Normalmente transitório |
Funcional | Hábitos ou má aprendizagem | Uso prolongado de chupeta, mamadeira; trocas persistentes de fonemas | Bom com intervenção precoce |
Audiogênica | Alterações auditivas | Dificuldade em perceber e reproduzir sons | Depende da reabilitação auditiva |
Orgânica | Alterações neurológicas ou anatômicas | Fenda palatina, paralisia cerebral, malformações | Exige abordagem multidisciplinar |
As causas da dislalia são multifatoriais e podem envolver aspectos físicos, auditivos, emocionais e ambientais:
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Pais, professores e profissionais de saúde devem estar atentos a sinais como:
A avaliação clínica é feita pelo fonoaudiólogo, que analisa a articulação dos fonemas, investiga causas associadas e determina o tipo de dislalia.
A avaliação deve ser feita por um fonoaudiólogo, que irá:
Exames complementares com otorrinolaringologista e neurologista podem ser necessários em casos específicos.
É fundamental diferenciar a dislalia de outros transtornos da fala e da linguagem.
Dislalia x Outros distúrbios de fala
Distúrbio | Característica Principal | Diferença em relação à Dislalia |
Dislalia | Trocas, omissões ou distorções de sons sem causa neurológica grave | Alteração localizada na articulação de fonemas |
Disartria | Dificuldade de articulação por problemas neuromusculares | Associada a lesões neurológicas |
Apraxia da Fala | Dificuldade em planejar movimentos da fala | Problema motor neurológico |
Gagueira | Alterações no ritmo e fluência da fala | Não envolve troca de fonemas, mas repetições e bloqueios |
É esperado que, até os 4 anos, a fala esteja relativamente estruturada. Procure avaliação se notar que a criança:
Se não tratada, a dislalia pode causar:
O tratamento depende do tipo e da causa, mas geralmente envolve:
Quanto antes a dislalia for identificada, melhor o prognóstico. A intervenção precoce previne dificuldades escolares e sociais, permitindo que a criança desenvolva plenamente sua comunicação.
❌ “Dislalia passa sozinha.” – Nem sempre. Muitos casos persistem sem tratamento.
✔️ “Com intervenção fonoaudiológica precoce, é totalmente tratável.” – Verdade.
❌ “Dislalia é o mesmo que gagueira.” – Não, são distúrbios diferentes.
Embora a dislalia seja mais discutida em âmbito familiar e escolar, existem aspectos fundamentais que interessam diretamente aos profissionais de saúde:
O diagnóstico precoce faz diferença no prognóstico. Entre os principais indicadores estão: atrasos persistentes na articulação de fonemas, trocas sonoras inadequadas para a idade e queixas recorrentes de professores e familiares.
Indicador Clínico | Idade Esperada | Conduta Recomendada |
Trocas de fonemas persistentes | > 4 anos | Encaminhar ao fonoaudiólogo |
Dificuldade em repetir palavras simples | > 3 anos | Avaliação auditiva + fono |
Frases incompreensíveis em contexto | > 5 anos | Encaminhar para avaliação interdisciplinar |
Profissionais podem utilizar ferramentas como o ABFW – Teste de Linguagem Infantil e escalas internacionais para análise fonológica, auxiliando no acompanhamento objetivo da evolução do paciente.
A avaliação auditiva deve ser parte essencial do protocolo diagnóstico, já que déficits de audição podem estar associados às dificuldades de articulação.
Softwares, aplicativos e jogos digitais têm se mostrado aliados no tratamento, aumentando o engajamento infantil e permitindo acompanhamento remoto em alguns casos.
Pacientes com síndromes como Down ou Williams podem apresentar dislalia como sintoma associado. Nesses casos, recomenda-se uma abordagem interdisciplinar, envolvendo médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
A dislalia, ou transtorno fonológico, é um distúrbio de fala comum, mas que pode trazer grandes impactos se não tratado. O diagnóstico precoce, aliado à fonoaudiologia e ao apoio familiar, garante excelentes resultados. A telemedicina surge como aliada para ampliar o acesso ao cuidado especializado.
A dislalia é um transtorno da fala caracterizado por dificuldades na articulação de sons e fonemas, sem relação com problemas neurológicos ou auditivos.
Os principais sintomas incluem trocas de fonemas, omissão de sons em palavras, dificuldade em pronunciar determinados fonemas e fala de difícil compreensão para pessoas fora do convívio familiar.
O diagnóstico é realizado por meio de avaliação fonoaudiológica, que analisa o desenvolvimento da fala, a articulação de fonemas e, em alguns casos, exames complementares para descartar causas auditivas ou neurológicas.
Sim, especialmente quando diagnosticada cedo e tratada com fonoaudiologia.
Atraso é quando a criança demora a começar a falar; dislalia ocorre quando já fala, mas troca ou omite sons.
Se a criança tiver mais de 4 anos e ainda apresentar trocas frequentes de sons ou dificuldade para ser compreendida.
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