As crises epilépticas — também chamadas de convulsões epilépticas — são episódios provocados por descargas elétricas anormais e súbitas no cérebro. Elas são a principal manifestação da epilepsia, mas também podem ocorrer em outras situações.
Neste artigo, você vai entender o que é uma crise epiléptica, seus tipos, causas, diagnóstico, tratamento, primeiros socorros e o papel da telemedicina no manejo da condição.
Uma crise epiléptica é uma alteração temporária do funcionamento cerebral causada por atividade elétrica desorganizada dos neurônios. Os sintomas variam desde pequenas alterações de consciência até movimentos involuntários intensos e perda de sentidos.
⚠️ Importante: nem toda crise significa epilepsia.
Alguns gatilhos podem aumentar o risco de uma crise:
A classificação segue a International League Against Epilepsy (ILAE):
Tipo de crise | Características principais | Consciência |
Focal simples | Movimentos involuntários em parte do corpo, formigamento, alterações visuais | Mantida |
Focal complexa | Automatismos (mastigar, esfregar mãos), comportamento repetitivo | Alterada |
Focal com generalização secundária | Começa em área localizada e evolui para todo o cérebro | Perda |
De ausência | Breve “desligamento”, olhar fixo | Perdida por segundos |
Mioclônica | Espasmos rápidos e involuntários | Preservada |
Tônica | Rigidez muscular generalizada | Geralmente alterada |
Clônica | Movimentos rítmicos e repetitivos | Alterada |
Tônico-clônica | Rigidez + tremores, possível mordida de língua e perda urinária | Perdida |
Atônica | Perda súbita do tônus, quedas | Alterada |
O diagnóstico depende da avaliação médica, relato do paciente e testemunhas, além de exames complementares:
Leia também: Doenças do sistema nervoso
O tratamento é individualizado e pode incluir:
Ex.: carbamazepina, fenitoína, valproato, lamotrigina, levetiracetam.
A escolha depende do tipo de crise, idade, comorbidades e resposta ao fármaco.
Se alguém tiver uma crise:
✅ O que fazer:
❌ O que NÃO fazer:
📞 Procure atendimento imediato se:
Existem síndromes específicas, especialmente em crianças, como:
Em idosos, o início súbito de crises pode estar relacionado a AVCs, tumores ou degeneração cerebral.
Conheça: Avaliação neurológica
Conviver com crises epilépticas pode afetar a vida profissional, social e emocional do paciente. O estigma ainda é um desafio, por isso apoio psicológico e educação são essenciais para melhorar a qualidade de vida.
A telemedicina amplia o acesso ao diagnóstico e tratamento:
A crise epiléptica é uma manifestação neurológica complexa, mas com diagnóstico correto, tratamento adequado e apoio contínuo, é possível viver com qualidade de vida. Informação, prevenção e primeiros socorros corretos fazem toda a diferença.
A crise epiléptica é uma alteração temporária da atividade elétrica cerebral que provoca sintomas como convulsões, perda de consciência ou movimentos involuntários. Pode ocorrer de forma única ou estar relacionada a um quadro de epilepsia.
As manifestações variam conforme o tipo de crise. Algumas podem causar apenas lapsos de atenção ou olhar fixo, enquanto outras levam a convulsões intensas, com movimentos bruscos, rigidez muscular e perda de consciência.
Entre as causas estão predisposição genética, lesões cerebrais, traumas, tumores, infecções no sistema nervoso e desequilíbrios metabólicos. Em alguns casos, não há uma causa definida.
Durante a crise, a pessoa pode apresentar desmaio súbito, convulsões, contrações musculares involuntárias, confusão mental ou comportamento atípico. Observar e relatar esses sinais é fundamental para o diagnóstico médico.
O controle depende do acompanhamento médico e, muitas vezes, do uso regular de medicamentos antiepilépticos. Além disso, é importante manter hábitos saudáveis, evitar privação de sono, consumo excessivo de álcool e seguir corretamente o tratamento prescrito.
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