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Telemedicina na gestão de saúde pública: tendências e desafios

7 min. de leitura

Telemedicina na gestão de saúde pública. Médico ou gestor público em primeiro plano com um grupo de pessoas desfocado ao fundo

Cada vez mais a gestão pública brasileira investe em automatização e informatização para suas unidades e, no atendimento médico à população, o cenário não é diferente. De acordo com a Pesquisa TIC Saúde 2021 do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entre 2019 e 2021, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) aumentaram o uso de computadores (de 91% para 94%) e de internet (de 82% para 92%). Das cerca de 40.600 UBS, 2.500 não possuem o dispositivo e 3.400 não têm acesso à rede.

A pesquisa mostra ainda que o uso de sistemas eletrônicos para registro de dados dos pacientes aumentou de 74% para 85% nas instituições públicas de saúde, assim como a disponibilidade de informações dos pacientes em formato digital, que também registrou aumento.

Nesse contexto de crescimento da adoção aos sistemas digitais, entenda as tendências e desafios da telemedicina na gestão pública. Boa leitura. 

O que é gestão pública na saúde?

A gestão pública na área de saúde tem como principais responsabilidades administrar as ações e projetos públicos para o setor. Gestores que atuam nesse segmento trabalham com o gerenciamento de gastos e investimentos, organização de processos e supervisão de colaboradores.

Essa esfera é estratégica para as instâncias municipal, estadual e federal. De maneira geral, toda a população depende dela. Por isso, para fazer uma boa gestão, os responsáveis precisam zelar pelos recursos públicos, pela produtividade e otimização de tempo, bem como pela capacitação de todos os membros da equipe.

Tendências da telemedicina na gestão pública

Conheça algumas das principais formas de uso da telemedicina nos serviços públicos na área da saúde:

  • Crescimento do atendimento virtual

O atendimento remoto via telemedicina ganhou adeptos tanto entre médicos quanto entre os pacientes. Em 2022, 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros brasileiros realizaram consultas virtuais. Essa prática ganhou mais força com a pandemia de Covid-19 e está ampliando a democratização do atendimento em saúde no Brasil.

Apesar de ainda muito associada ao setor privado e aos atendimentos particulares, a telemedicina vem ganhando espaço no setor público e práticas de saúde digital já são realizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

  • Inovação digital

Diversas tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA), aprendizado de máquina, Internet das Coisas e Big Data contribuem para que os pacientes tenham uma experiência cada vez mais personalizada no atendimento médico. Com mais investimento em inovação, as instituições oferecem maiores índices de satisfação e, consequentemente, fidelização dos clientes e lucro para a clínica ou hospital. Hoje, a inovação é uma forma de pensamento estratégico de negócio.

Uma experiência positiva com um serviço — de saúde ou de qualquer outro setor — normalmente é marcada pela agilidade, facilidade de contratação, uso de tecnologias e interações simplificadas. Por isso, a automatização e um bom sistema de gerenciamento de Gestão em Saúde agregam tanto para a rotina dos profissionais quanto para a experiência da população com o serviço de saúde.

  • Transformação digital acelerada

Embora não seja um conceito novo, a adoção de tecnologias inteligentes vem contribuindo para avanços no dia a dia das instituições de saúde, que podem operar com mais facilidade em um ambiente de diversos fornecedores e pacientes, o que faz da inovação tecnológica uma aliada do crescimento dos negócios do segmento. 

Desde a otimização da rotina de trabalho por meio da automatização de serviços, que permitem que médicos e enfermeiros dediquem mais tempo às atividades que não podem ser realizadas por computadores ou robôs, até o atendimento à população, todos os setores de uma instituição de saúde são diretamente beneficiados pela transformação digital.

Principais desafios da telemedicina na gestão pública

Mas é claro que nem tudo são flores. Não é só investir e adotar a tecnologia; a instituição precisa também encontrar meios para fazer com que ela contribua de forma eficiente com a rotina e a infraestrutura do local. Um exemplo disso é a integração de dados, que ainda é um desafio para a Gestão em Saúde. Por meio da rápida adesão às tecnologias digitais, muitas vezes via soluções pontuais, sistemas de saúde e hospitais nem sempre conseguem fazer uma boa integração entre todas as informações dos pacientes e da instituição.

Outro ponto importante é a comunicação digital, que precisa ser desenvolvida de modo a permitir o contato eficaz com fornecedores e também com pacientes. Considerando a tecnologia como um dos pilares para o futuro da saúde, as organizações, sejam elas públicas ou privadas, precisam criar sua infraestrutura de operações de maneira estratégica, utilizando softwares confiáveis e otimizados para uso a longo prazo.

Conclusão

Sabendo que implementar uma nova tecnologia não é suficiente para transformar o cenário da gestão pública em saúde, é necessário que os gestores da área conheçam os caminhos para iniciar ou melhorar a adesão do sistema público de saúde de suas cidades ou estados aos avanços digitais. Entender que a tecnologia e a inovação são grandes aliadas é o primeiro passo para revolucionar a rotina profissional e o atendimento aos pacientes que procuram postos de saúde ou hospitais públicos.

Um exemplo de ferramenta que pode contribuir para a promoção de saúde e a prevenção de doenças é a plataforma da Portal Telemedicina para gestão de saúde populacional e detecção de fraudes. Em parceria o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES/SP), a Portal Telemedicina realizou a integração de dados da SES/SP que estavam fragmentados em mais de 80 bancos diferentes. 

O cruzamento das informações garantiu mais agilidade e assertividade na tomada de decisão dos gestores, uma vez que a complexidade e o alto volume de informações foram traduzidas em painéis gerenciais que apontam dados sobre pacientes, registro de enfermidades, dispensação de medicamentos, estoque de remédios e outros itens, procedimentos médicos e ações judiciais.

Quer saber mais? Conheça a Portal Telemedicina e saiba como a tecnologia pode ajudar a transformar a medicina.

incuca

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