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O que é CID? Entenda a importância da Classificação Internacional de Doenças

10 min. de leitura

médico de jaleco branco em pé

A CID (Classificação Internacional de Doenças) é o sistema oficial criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para padronizar a identificação de doenças, sinais, sintomas e condições clínicas em todos os países. Cada doença recebe um código único, permitindo que médicos, hospitais, governos e sistemas de saúde falem a mesma língua, independentemente de idioma ou local.

Em outras palavras, a CID é uma linguagem universal da medicina, usada para diagnóstico, tratamento, estatísticas e organização de informações em saúde pública.

O que é CID

A CID é uma lista global de códigos padronizados usados para representar doenças e condições de saúde. Em vez de escrever o nome completo, médicos utilizam códigos como:

  • CID I10 → hipertensão

  • CID J11 → gripe

  • CID F32 → episódio depressivo

Esses códigos são iguais no Brasil, nos EUA ou no Japão — e isso garante clareza, precisão e comunicação eficiente entre profissionais de saúde.

História da CID: Uma evolução contínua

A CID teve sua primeira edição em 1893, originalmente focada nas causas de morte. Desde então, ela passou por várias revisões para incluir uma gama mais ampla de condições de saúde. A versão mais recente, a CID-11, foi lançada em 2018 e entrou em vigor em 2022, refletindo avanços na medicina e mudanças nas necessidades de saúde global.

No Brasil, a utilização da classificação em documentos como atestados médicos segue regras específicas. A Resolução CFM nº 1.819/2007, do Conselho Federal de Medicina, determina que a inclusão do código CID em atestados deve ser feita apenas com a autorização do paciente. Isso protege a privacidade e o sigilo das informações de saúde, assegurando que detalhes sensíveis sobre seu diagnóstico não sejam compartilhados sem o seu consentimento.

Leia também: Tudo sobre CID C61

Por que é importante?

A clasificação desempenha um papel importante nos cuidados de saúde ao uniformizar a forma como as doenças são classificadas e referidas. Isso garante que profissionais de saúde, independentemente de sua localização geográfica, possam entender e tratar condições de saúde de maneira consistente. Imagine precisar de cuidados médicos em um país onde você não fala a língua local. A CID permite que seu diagnóstico seja compreendido por profissionais de saúde em qualquer lugar do mundo. Por exemplo, a hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é identificada pelo código CID I10. Esse código é o mesmo, quer você esteja no Brasil ou no Japão, garantindo que seu médico compreenda sua condição sem precisar de longas explicações.

Além disso, é uma ferramenta epidemiológica importante, utilizada para monitorar a incidência e prevalência de doenças, ajudando a traçar um panorama da saúde pública global.

Para que serve a CID e por que ela é tão importante?

A Classificação Internacional de Doenças tem diferentes funções essenciais:

✔ Padroniza diagnósticos no mundo inteiro

Se você for atendido em outro país, seu diagnóstico será reconhecido graças ao código CID.

✔ Facilita o tratamento e evita erros

Com códigos padronizados, médicos e sistemas de saúde interpretam diagnósticos da mesma forma.

✔ Ajuda a organizar prontuários, laudos e registros médicos

A codificação simplifica a gestão hospitalar e permite análises clínicas mais precisas.

✔ Sustenta políticas públicas e pesquisas epidemiológicas

Governos usam dados da CID para monitorar surtos, doenças crônicas, mortalidade e investimentos em saúde.

CID no Brasil: quando o código é obrigatório?

No Brasil, a regra é clara:

  • O código CID em atestados só pode ser incluído com autorização do paciente.
    (Resolução CFM nº 1.819/2007)

Ou seja:

  • não é obrigatório informar o CID em atestados médicos

  • não pode ser exigido pelo empregador

  • só deve aparecer se o paciente permitir

Já em prontuários, relatórios epidemiológicos e sistemas de gestão em saúde, o uso da CID é padrão e recomendado.

Facilita o diagnóstico e tratamento

Ao substituir os nomes das doenças por códigos padronizados, a CID elimina barreiras linguísticas e culturais, permitindo que diagnósticos sejam mais precisos e tratamentos mais eficazes. Por exemplo, a gripe, conhecida por diferentes nomes em várias línguas, é universalmente identificada pelo código J11 na classificação. Isso facilita o compartilhamento de informações e a colaboração internacional em saúde.

Saiba mais: Conheça o CID M16

Classificações mais utilizadas

Alguns dos códigos mais frequentemente utilizados incluem:

  • CID J11: Gripe, uma condição comum e amplamente diagnosticada.
  • CID F32: Episódios depressivos, refletindo a prevalência de transtornos de humor.
  • CID I10: Hipertensão essencial (primária), uma das condições crônicas mais comuns.

Esses códigos são fundamentais para o gerenciamento de saúde pública e para o planejamento de cuidados de saúde.

A evolução da CID: da primeira versão à CID-11

A primeira versão surgiu em 1893, focada apenas em causas de morte.
Desde então, a classificação evoluiu para abranger diagnósticos clínicos, transtornos mentais, condições sociais, lesões, eventos externos e muito mais.

A versão atual é a CID-11, lançada pela OMS em 2018 e adotada oficialmente pelo mundo em 2022, com avanços importantes:

  • totalmente digital (não existe mais versão impressa oficial)

  • atualizações contínuas

  • melhor organização de categorias

  • inclusão de novas condições modernas

  • linguagem mais inclusiva e alinhada à ciência atual

A CID-11 substitui gradualmente a CID-10 tradicionalmente usada no Brasil.

Novas doenças na CID-11


A CID não é estática; ela evolui constantemente para acompanhar as mudanças na medicina e nas necessidades de saúde global. Desde sua primeira edição, em 1893, focada nas causas de morte, até a versão mais recente, a CID-11, lançada em 2018 e em vigor desde 2022, a classificação reflete avanços significativos na compreensão de doenças e na prática médica. A CID-11 é totalmente digital, facilitando o acesso e a atualização contínua dos códigos.

A CID-11 incorporou várias novas condições para refletir o entendimento atual da saúde. Entre as inclusões estão o transtorno de uso de jogos eletrônicos, reconhecendo o impacto dos hábitos digitais na saúde mental, e a reclassificação da incongruência de gênero, promovendo uma abordagem mais inclusiva.

Outro ponto de destaque na CID-11 é a incorporação de doenças relacionadas ao envelhecimento, como a fragilidade e a demência. Essas condições refletem a realidade de uma população global em envelhecimento, onde a necessidade de cuidados especializados e compreensão dessas condições é cada vez mais relevante.

Portanto, os códigos não apenas acompanham a evolução da medicina, mas também molda o futuro do diagnóstico e tratamento, garantindo que a prática médica continue relevante e eficaz em um mundo em constante mudança.

Como consultar a CID-11 atualmente

A tabela completa é acessada digitalmente. Ela é usada por:

  • médicos e enfermeiros

  • hospitais e operadoras

  • serviços de telemedicina

  • profissionais de codificação clínica

  • órgãos de vigilância epidemiológica

A consulta pode ser feita durante a anamnese, na emissão de laudos, na montagem de prontuários eletrônicos ou na alimentação de sistemas hospitalares.

Exemplos de códigos CID mais utilizados

Para facilitar a compreensão, veja alguns dos códigos mais comuns:

CÓDIGO CID DESCRIÇÃO
CID J11 Gripe
CID F32 Episódios depressivos
CID I10 Hipertensão essencial (primária)
CID E11 Diabetes mellitus tipo 2
CID M54 Dorsalgia (dor nas costas)
CID R51 Cefaleia (dor de cabeça)
CID K21 Doença do refluxo gastroesofágico
CID J45 Asma
CID N39 Infecção do trato urinário
CID F41 Transtornos de ansiedade

Como consultar a CID-11 atualmente

A tabela completa é acessada digitalmente. Ela é usada por:

  • médicos e enfermeiros

  • hospitais e operadoras

  • serviços de telemedicina

  • profissionais de codificação clínica

  • órgãos de vigilância epidemiológica

A consulta pode ser feita durante a anamnese, na emissão de laudos, na montagem de prontuários eletrônicos ou na alimentação de sistemas hospitalares.

Últimas atualizações sobre a CID

As atualizações mais recentes incluem a digitalização completa da CID-11, que melhora a eficiência no uso e na comunicação entre profissionais de saúde. A CID-11 foi projetada para ser mais inclusiva e abrangente, incorporando novas condições e ajustando classificações para refletir melhor o entendimento atual das doenças.

Conclusão

A CID é um componente essencial da medicina moderna. Mais do que uma lista de códigos, ela é um sistema universal que:

  • conecta profissionais da saúde

  • organiza diagnósticos

  • facilita o tratamento

  • apoia políticas públicas

  • melhora a segurança do paciente

Entender o que é a CID — e como ela funciona — ajuda pacientes e profissionais a navegarem o sistema de saúde com mais clareza, precisão e confiança. Em constante evolução, especialmente com a CID-11 digital, essa classificação continuará sendo um pilar central para a saúde global nos próximos anos.

Redação

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