O termo “Era da Informação” nunca fez tanto sentido como na realidade em que vivemos atualmente. Informações geradas a partir da integração de dados de diversas fontes estão presentes em nosso dia a dia, desde o entretenimento (redes sociais, streamings, etc) à contratação de um empréstimo no banco. Por trás dessas atividades, aparentemente simples, milhares de dados são coletados e relacionados, formando um conjunto de informações úteis, seja para oferecer um serviço personalizado ou para a tomada de decisão.
É fácil entender o porque cada vez mais empresas, governos e instituições de diversas áreas têm recorrido a algoritmos para análise de grandes bases de dados geradoras de informações: agilidade, precisão de informações e análises contextualizadas. Na área da saúde não poderia ser diferente.
Neste artigo você entenderá como a integração de dados na saúde pode contribuir para a gestão, tanto no setor público quanto no privado e como essa tecnologia pode ser implementada no setor.
Se você trabalha na área da saúde já deve ter se deparado com situações em que ter uma informação rápida sobre o paciente foi crucial para a realização do atendimento. Por exemplo, o histórico de vacinas, alergia a medicamentos e até mesmo questões da própria anamnese, que o paciente não se recorda e poderiam ser preenchidas automaticamente caso existisse uma base de dados atualizada para isso.
No setor público, um gestor de saúde de posse desses dados e mais: orçamento para saúde, situação sanitária das regiões e diversos dados populacionais dos indivíduos em uma única tela, consegue identificar rapidamente onde e como atuar para evitar ou melhorar problemas de saúde pública. O que não acontece em bases de dados separadas, na qual essas informações teriam utilidades limitadas a sua área ou departamento: as unidades de saúde com informações sobre vacinação e consultas, a secretaria de planejamento urbano talvez tenha acesso às condições sanitárias e escolas têm dados sobre formação e escolaridade.
A integração de dados pode permitir que o gestor encontre agrupamentos relacionados a problemas de saúde e condições sanitárias precárias, por exemplo, e propor ações preventivas evitando não só epidemias, como alocando recursos efetivos para melhorar a qualidade de vida da população em diversas áreas.
Tanto no setor público, quanto privado, a integração de dados de saúde é uma grande aliada na redução de tempo de atendimento e custo, que são pontos chave para garantia do acesso à saúde de qualidade e melhoria na qualidade de vida da população.
Ao se fazer a integração de dados de saúde diversos benefícios podem ser observados em várias frentes, tanto no resultado para o paciente quanto para os gestores, seja da esfera pública ou privada. Destacamos abaixo os principais no caso de clínicas, hospitais e unidades de saúde do setor privado.
A busca por informações sobre pacientes como resultados de exames, anamnese, dados cadastrais, entre outros, toma tempo do colaborador e às vezes do próprio médico, que poderia ser mais produtivo com essas informações todas unificadas em sistema de fácil acesso. Até mesmo tarefas administrativas, como faturamento de exames por exemplo, podem ser beneficiadas, integrando dados de atendimento com planos de saúde, valores de repasse, preço dos exames, entre outros dados. A partir do momento em que o paciente é cadastrado, todo seu histórico para a ser armazenado e as informações sobre atendimento são direcionadas para os setores em tempo real.
No âmbito da saúde, qualquer divergência em dados de pacientes, como resultados de exames, idade ou mesmo a perda de informações importantes do passado podem dificultar um diagnóstico. A automação de processos ajuda a produzir dados mais confiáveis e armazená-los com mais segurança.
Em 2018 entrou em vigor no Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), com o objetivo de regulamentar a coleta e tratamento de dados pessoais e assegurar a privacidade das informações fornecidas à empresas e seu compartilhamento com terceiros. O armazenamento e integração desses dados em um software especializado utiliza criptografia para garantir a confidencialidade das informações e ainda protegê-los de possíveis ataques hackers. Dessa forma, a integração pode gerar informações estratégicas aos gestores sem identificar pacientes e sem a necessidade de migrar os dados, de uma base para outra, ou ainda ter que transportá-los em caso de documentos físicos, garantindo a proteção e privacidade dos mesmos.
Mais eficácia na tomada de decisões ao levar em consideração dados que podem evidenciar tendências, aumento ou redução de demandas e até mesmo oportunidades de novos serviços.
Existem diversos processos que podem ser automatizados no setor da saúde com potencial para reduzir a falha humana e reconvocação de pacientes para repetir exames, a digitação e laudos é uma delas. Com o uso da telemedicina, por exemplo, é possível enviar os resultados dos exames do equipamento diretamente para um médico laudar, sem a necessidade de digitação dos resultados, evitando assim, erros de digitação. Além da digitação, um estudo realizado por nós, da Portal Telemedicina, em parceria com Partnership on AI, apontou uma redução de 40% na taxa de repetição de exames eletrocardiograma que passaram por uma triagem de inteligência artificial. Isso é possível graças à integração e análise de dados feita por algoritmos que emitem alertas sobre a qualidade técnicas dos exames em tempo real, possibilitando que o profissional corrija o erro imediatamente.
Integrando os dados é possível avaliar melhor demandas e consequentemente gastos e investimentos. É possível alocar recursos, tanto financeiros quanto de pessoas em demandas estratégicos, evitando ociosidade, gastos desnecessário ou ainda, desperdício.
Se as vantagens da integração de dados na área da saúde são expressivas para clínicas e hospitais privados, os benefícios de unificar sistemas e reunir informações é igualmente significativo quando falamos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a integração de dados é possível dar agilidade na tomada de decisão no setor público ao gerar informações com base em milhões de dados produzidos pela população diariamente, tanto em relação ao controle de pragas e doenças quanto relacionadas a questões orçamentárias. Com exemplo podemos citar a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo – SES, que firmou parceria com a Portal Telemedicina e o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID em um projeto para criação de uma plataforma para gestão de saúde populacional e detecção de fraudes. O projeto integrou dados da SES/SP que estavam fragmentados em mais de 80 bancos diferentes. Esse cruzamento garantiu mais agilidade e assertividade na tomada de decisão dos gestores .
Muitas pessoas deixam para buscar ajuda médica apenas quando já estão sofrendo com doenças que poderiam ter sido evitadas, como hipertensão, obesidade e diabetes. Na maioria dos casos o corpo dá sinais da doença através de alguns sintomas ou até mesmo hábitos da população, como o sedentarismo, por exemplo, que pode ser a causa de diversas doenças.
A integração de dados com uso de inteligência artificial(IA) pode ajudar a prever e emitir alertas para gestores públicos de situações de risco, permitindo ações mais específicas e eficientes para combate de problemas e como prevenir alguns deles.
É o caso de uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) Venture Fund em parceria com a Portal Telemedicina com o objetivo de desenvolver uma solução de inteligência artificial (IA) para contribuir com a melhora do índice de desenvolvimento infantil. A IA permitirá cruzar dados de saúde de crianças e, consequentemente, desvendar dados sobre doenças e viabilizar tratamentos.
A coleta, processamento e análise de dados inerentes ao trabalho de vigilância epidemiológica pode ser realizado com muito mais agilidade e precisão utilizando a integração de dados. Com dados de saúde integrados é possível identificar mudanças no histórico de saúde de uma população até mesmo em tempo real e agir na causa do problema antes que uma doença se torne uma epidemia.
A partir dos dados populacionais é possível identificar demandas, desperdícios, ociosidade e direcionar recursos para locais ou serviços que realmente precisam de investimentos.
Ao cruzar dados de diversas bases é possível encontrar inconsistências que podem ser indicativas de fraude ao Sistema Único de Saúde – SUS. No projeto desenvolvido pela Portal Telemedicina junto à SES/SP, foi possível identificar e conter fraudes na dispensação de medicamentos no Estado. A IA identifica padrões entre os casos suspeitos e emite alertas aos gestores de saúde. Projetos semelhantes podem ser desenvolvidos para controle em outras atividades, como cirurgias, gastos com material médico, entre outras aplicações.
São inúmeras as vantagens e possibilidades da integração de dados na área da saúde. Por isso nós, da Portal Telemedicina desenvolvemos sistemas integrados e modelos de inteligência artificial para diversas necessidades na área da saúde. Quer saber mais sobre como a integração de dados pode contribuir com o seu negócio ou setor público? Entre em contato com a gente!
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