O vício em aposta, também chamado de ludopatia ou transtorno do jogo, é uma condição reconhecida pela medicina e classificada pela CID-11 (6C50) como um transtorno do controle dos impulsos. Com o crescimento das plataformas digitais de apostas esportivas e cassinos online, esse problema ganhou proporções alarmantes no Brasil.
Neste post, você vai entender:
O vício em aposta é um transtorno comportamental caracterizado pela dificuldade ou incapacidade de resistir ao impulso de apostar, mesmo que isso traga prejuízos financeiros, sociais ou emocionais.
O cérebro do apostador compulsivo responde às apostas como se estivesse diante de uma substância viciante. Durante o jogo, há uma liberação intensa de dopamina, neurotransmissor relacionado ao prazer. Com o tempo, o cérebro exige estímulos cada vez maiores, levando à escalada progressiva das apostas.
Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da ludopatia:
Estudos indicam que a ativação do sistema de recompensa causada pelas apostas pode ser comparável – e até mais intensa – do que a induzida por drogas como cocaína.
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Desde 2018, o Brasil legalizou as apostas de quota fixa em eventos esportivos por meio da Lei 13.756/2018. A regulamentação prática chegou apenas em 2023, com a Lei 14.790/2023, que estabeleceu diretrizes como:
Essas medidas visam oferecer maior segurança ao consumidor e coibir práticas abusivas no mercado das “bets”.
Você pode estar lidando com a ludopatia se identificar os seguintes sinais (baseados no DSM-5):
Se quatro ou mais desses sintomas persistirem por um período superior a 12 meses, o diagnóstico de ludopatia pode ser confirmado por um profissional de saúde mental.
Além do prejuízo financeiro, a ludopatia pode desencadear sérias consequências:
Estudos apontam que jogadores compulsivos tendem a desenvolver depressão ou ansiedade. A sensação de culpa e fracasso também é comum.
A mentira, o estresse e o descontrole financeiro causam desgaste emocional, separações e afastamento de entes queridos.
O desespero diante das dívidas e da perda de controle pode levar a pensamentos suicidas. É fundamental tratar a ludopatia com a seriedade que ela exige.
Assim como drogas e álcool, as apostas ativam o sistema de recompensa cerebral. A dopamina liberada durante vitórias (ou mesmo na expectativa delas) gera euforia, criando dependência. Estudos mostram que a fissura por apostas pode ser mais intensa do que a por cocaína.
Fatores de risco:
Além das dívidas, o transtorno do jogo desencadeia:
Reconhecer o vício em apostas é fundamental para buscar ajuda. O transtorno, também chamado de ludopatia, é diagnosticado quando a pessoa apresenta pelo menos quatro dos critérios listados pela Associação Americana de Psiquiatria e pelo DSM-5, durante pelo menos 12 meses.
Principais sinais de alerta incluem:
Se você se identificou com quatro ou mais desses sinais, é recomendado procurar avaliação profissional. O vício em apostas pode variar de leve a grave e tende a piorar sem tratamento adequado.
A telemedicina surge como uma solução acessível, discreta e eficaz para o tratamento da ludopatia. Veja como ela atua em diferentes frentes:
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada o tratamento mais eficaz para vícios comportamentais. Na telemedicina, o paciente pode:
Muitos casos exigem intervenção medicamentosa, especialmente quando há comorbidades como ansiedade ou depressão. Através de consultas online, é possível receber prescrição e monitoramento adequado.
Ferramentas complementares ajudam no processo de recuperação:
O apoio da família é essencial no processo de superação. Se você suspeita que alguém está enfrentando esse problema:
O vício em apostas é um transtorno real e tratável. Negar o problema apenas prolonga o sofrimento. A boa notícia é que o apoio necessário está a poucos cliques de distância.
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