O Protocolo de Manchester é um sistema fundamental de triagem usado em unidades de emergência para organizar e priorizar o atendimento dos pacientes com base na gravidade do quadro clínico. Se você busca entender o que é protocolo de manchester e seu papel na classificação de risco hospitalar, este artigo vai explicar tudo.
Criado em 1994 pelo médico Kevin Mackway Jones e adotado inicialmente em 1997 no hospital Manchester Royal Infirmary, na Inglaterra, o protocolo vem sendo aplicado em mais de 25 países, inclusive no Brasil.
Trata-se de um protocolo de triagem que classifica pacientes segundo a urgência médica, utilizando um sistema de cores para indicar risco e o tempo máximo de espera aceitável para atendimento. Esse método ajuda a otimizar o uso de recursos hospitalares e a garantir que casos graves sejam atendidos com prioridade.
O protocolo tem como principal função priorizar o atendimento em emergências, garantindo rapidez para os casos graves e organização para os demais, evitando superlotação e longas esperas.
Além de salvar vidas, o protocolo proporciona:
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Cada paciente recebe uma pulseira colorida que representa a prioridade do atendimento, conforme o grau de risco identificado durante a triagem. Conheça abaixo os níveis de classificação:
Cor | Nível de Urgência | Tempo Máximo de Espera | Exemplos de Casos |
Vermelho | Emergencial | Atendimento Imediato | Parada cardiorrespiratória, convulsão, hemorragias graves. |
Laranja | Muito urgente | Até 10 minutos | Dores intensas, arritmias sem instabilidade, cefaleias intensas. |
Amarelo | Urgente | Até 1 hora | Desmaios, crises de pânico, dores moderadas, alterações vitais. |
Verde | Pouco urgente | Até 2 horas | Dores leves, febres, resfriados, vômitos controlados. |
Azul | Não urgente | Até 4 horas | Casos rotineiros, medicamentos, acompanhamento de doenças crônicas. |
Esse sistema visual facilita a comunicação entre equipe e paciente e permite melhor organização do atendimento.
Ao chegar à unidade de saúde, o paciente é submetido a uma triagem realizada por profissionais de enfermagem capacitados. Eles avaliam:
A partir desses dados, um algoritmo clínico atribui a cor da pulseira, que determina a prioridade do atendimento. Esse sistema não substitui o diagnóstico médico; ele é uma ferramenta para organizar o fluxo, assegurando segurança e agilidade.
Após a triagem, o paciente aguarda a consulta com o médico, que realizará o diagnóstico e o tratamento adequados.
A triagem usando o protocolo é responsabilidade da equipe de enfermagem, que deve ser capacitada por treinamentos específicos e certificados pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR).
Para a avaliação correta, são necessários equipamentos como:
Público-Alvo | Benefícios |
Pacientes | Atendimento ágil e seguro, redução do tempo de espera. |
Profissionais de Saúde | Melhora na tomada de decisão e organização do fluxo de trabalho. |
Gestores Hospitalares | Otimização dos recursos, diminuição da superlotação e maior eficiência. |
Para uma implementação eficaz, siga estas etapas:
No Brasil, o protocolo é reconhecido e recomendado por órgãos de saúde e conselhos profissionais. O GBCR promove cursos atualizados para adaptação à realidade brasileira e avanços tecnológicos, como o uso da telemedicina para suporte na triagem.
Estudos mostram que a adoção do protocolo de Manchester:
Esses dados reforçam a importância de sua implementação em hospitais públicos e privados.
O Protocolo de Manchester é uma ferramenta científica, eficaz e vital para o atendimento emergencial, organizando e priorizando o fluxo de pacientes conforme sua gravidade. Sua implementação aprimora a qualidade, segurança e eficiência dos serviços de saúde, beneficiando pacientes, equipes médicas e gestores.
Não é obrigatório por lei, mas amplamente recomendado por entidades de saúde e utilizado como padrão em muitos hospitais.
O Manchester é um dos mais completos e testados internacionalmente, com sistema de cores simples e eficaz para priorização.
Profissionais de enfermagem capacitados e treinados justamente para avaliar corretamente os pacientes.
Informe à equipe qualquer nova alteração no seu estado para que possam reavaliar sua prioridade, se necessário.
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