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Pneumonia bacteriana: Sintomas, diagnóstico e tratamento

8 min. de leitura

mulher com máscara descartável de proteção na boca tossindoA pneumonia bacteriana é uma infecção pulmonar causada por bactérias, principalmente pelo Streptococcus pneumoniae. Ela ocorre quando as bactérias invadem os alvéolos pulmonares, causando inflamação e acúmulo de líquidos, o que dificulta a respiração. É importante entender como essa condição se diferencia de outros tipos de pneumonia e como pode ser tratada e prevenida.

O que causa a pneumonia bacteriana?

A pneumonia bacteriana é causada por bactérias que entram no sistema respiratório. As mais comuns são:

  • Streptococcus pneumoniae, responsável por mais de 50% dos casos
  • Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus
  • Outras, como Mycoplasma pneumoniae e Legionella pneumophila

Esse tipo de pneumonia tende a ser mais grave do que a viral e exige tratamento com antibióticos adequados.

Sintomas de pneumonia bacteriana

Os sintomas costumam aparecer de forma súbita e podem variar de intensidade, incluindo:

  • Febre alta (acima de 38°C)
  • Tosse produtiva com secreção amarelada ou esverdeada
  • Dor no peito ao respirar ou tossir
  • Falta de ar e cansaço extremo

Pessoas com sistema imunológico comprometido, como idosos, podem apresentar sintomas mais sutis, como confusão mental.

Pneumonia bacteriana x viral x fúngica: Qual a diferença?

A pneumonia pode ter diferentes causas, sendo elas bactérias, vírus ou fungos, e cada uma tem características distintas:

  • Pneumonia Bacteriana: Causada por bactérias, é geralmente a forma mais grave e tende a ter sintomas intensos, como febre alta, tosse com secreção e dor no peito ao respirar. É mais comum em adultos e pessoas com sistema imunológico comprometido, como idosos e pacientes crônicos. O tratamento é feito com antibióticos específicos.
  • Pneumonia Viral: Originada por vírus como o influenza e o vírus sincicial respiratório, é comum em crianças e tende a ter sintomas como febre moderada, tosse seca, dores musculares e cansaço. O tratamento é mais voltado para o alívio dos sintomas, pois antibióticos não têm efeito sobre o vírus.
  • Pneumonia Fúngica: Geralmente afeta pessoas com o sistema imunológico comprometido, como pacientes com HIV/AIDS ou em tratamento de quimioterapia. É causada por fungos como Histoplasma e Cryptococcus, e seu tratamento envolve medicamentos antifúngicos. Embora menos comum, pode ser grave em indivíduos imunocomprometidos.

Essas diferenças ajudam médicos a determinar o tratamento adequado e o acompanhamento necessário para cada tipo, sendo essencial um diagnóstico preciso para a escolha do tratamento correto.

E qual dessas pneumonias é a mais grave?

A pneumonia bacteriana é, em geral, considerada a forma mais grave entre os três tipos. Ela costuma ter um início mais súbito, com sintomas intensos, como febre alta e tosse com secreção e pode evoluir rapidamente para complicações como abscessos pulmonares e sepsis (uma resposta imunológica extrema a uma infeção, que pode levar a consequências graves como a falência dos órgãos). Esse tipo também é mais comum em adultos e em pessoas imunocomprometidas.

No entanto, a gravidade da pneumonia depende muito do estado de saúde do paciente e da resposta ao tratamento. Em pessoas com o sistema imunológico comprometido, a pneumonia fúngica pode ser igualmente grave ou até mais perigosa, pois o tratamento antifúngico é complexo e lento, o que facilita o desenvolvimento da doença. A pneumonia viral geralmente é menos grave e autolimitada, embora em casos como os de influenza e COVID-19, ela também possa se tornar severa e levar a hospitalização.

Portanto, a pneumonia bacteriana é mais frequentemente associada a casos graves, especialmente em populações de risco, mas a condição individual do paciente e a rapidez do tratamento influenciam significativamente a gravidade final em qualquer tipo de pneumonia.

Leia também: Pneumonia aspirativa

Pneumonia bacteriana é contagiosa?

Sim, a transmissão ocorre por gotículas respiratórias, ao tossir, espirrar ou pelo contato com objetos contaminados. Portanto, medidas de higiene, como lavar as mãos com frequência e evitar o contato próximo com pessoas infectadas, são essenciais para reduzir o risco.

Pneumonia bacteriana acomete crianças e bebês?

Sim, a pneumonia bacteriana pode acometer crianças e bebês, sendo uma das principais causas de infecção pulmonar grave nessa faixa etária. Em crianças pequenas, principalmente menores de cinco anos, o sistema imunológico ainda está formando suas defesas, o que as torna mais vulneráveis a infecções bacterianas. Entre as bactérias comuns causadoras em crianças estão o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae.

Os sintomas podem variar, mas geralmente incluem febre, tosse intensa, respiração rápida, dificuldade para respirar e cansaço excessivo. Em bebês, os sinais podem ser mais sutis, como apatia, recusa em se alimentar e agitação.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações, como derrame pleural e insuficiência respiratória. A vacinação contra pneumococos é uma medida importante de prevenção, recomendada no calendário vacinal infantil nos primeiros meses de vida para proteger contra essa infecção.

Como é feito o diagnóstico? A telemedicina pode ajudar?

O diagnóstico é confirmado por:

  • Exame físico e ausculta pulmonar
  • Radiografia de tórax: detecta áreas de consolidação nos pulmões
  • Cultura de escarro: identifica a bactéria específica

A telemedicina permite monitorar sintomas remotamente, facilitando o acompanhamento do tratamento e ajustes necessários, especialmente em casos que requerem continuidade no monitoramento, como em idosos.

Fatores de risco e prevenção

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver pneumonia bacteriana:

  • Idade avançada (acima de 65 anos) e crianças pequenas
  • Fumo e alcoolismo
  • Doenças crônicas como diabetes e insuficiência cardíaca
  • Imunidade baixa

A prevenção inclui vacinação contra pneumococo e gripe, cessação do tabagismo e adoção de hábitos saudáveis. Essas práticas reduzem a vulnerabilidade e ajudam na prevenção.

Saiba mais: Tudo sobre pneumologia

Tratamento da pneumonia bacteriana

O tratamento envolve antibióticos específicos, que podem variar dependendo da bactéria causadora. Em casos  graves, pode ser necessária hospitalização para:

  • Administração intravenosa de antibióticos
  • Oxigenoterapia
  • Monitoramento dos sinais vitais

Em alguns casos mais sérios, como quando há formação de abscessos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para drenagem e recuperação total.

Acompanhamento e cuidados pós-tratamento

Após o tratamento inicial, é essencial o acompanhamento para garantir a recuperação completa, incluindo:

  • Consultas de acompanhamento
  • Radiografias de controle
  • Fisioterapia respiratória: ajuda a eliminar secreções e melhora a função pulmonar
  • Repouso adequado e hidratação

A telemedicina pode auxiliar durante o acompanhamento pós-alta, permitindo que o paciente receba orientações sem precisar sair de casa, o que é especialmente útil para evitar novas infecções.

Conclusão

A pneumonia bacteriana é uma condição séria, mas, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitos pacientes podem se recuperar completamente. Medidas preventivas, como a vacinação e o cuidado com a higiene, são fundamentais para reduzir o risco de infecção. Além disso, a telemedicina oferece um recurso valioso tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento, proporcionando conveniência e segurança aos pacientes. Manter-se informado e procurar atendimento médico ao observar sintomas suspeitos são passos essenciais para garantir a saúde respiratória.

Redação

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