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Epicondilite: Tudo o que você precisa saber sobre sintomas, diagnóstico e tratamento

6 min. de leitura

A epicondilite, frequentemente chamada de “cotovelo de tenista“, é uma condição inflamatória que afeta os tendões na região do cotovelo e pode causar dor intensa e desconforto, especialmente ao realizar movimentos repetitivos. Embora seja associada a atletas, pode atingir qualquer pessoa com atividades repetitivas que envolvam o punho e o antebraço.

O que é epicondilite?

A epicondilite é uma inflamação dos tendões que ligam os músculos do antebraço ao epicôndilo, uma protuberância óssea do cotovelo. Existem dois tipos principais:

  • Epicondilite lateral: Atinge a parte externa do cotovelo, geralmente por movimentos de extensão do punho.
  • Epicondilite medial: Conhecida como “cotovelo de golfista”, afeta a parte interna do cotovelo, associada a movimentos de flexão do punho.

Qual especialidade médica faz o diagnóstico?

O diagnóstico geralmente é feito por ortopedistas ou reumatologistas, profissionais que avaliam sintomas e, em alguns casos, utilizam exames de imagem para excluir outras condições e confirmar o diagnóstico.

Causas e sintomas da epicondilite

A epicondilite surge devido ao uso excessivo dos tendões do cotovelo, especialmente em movimentos de extensão e flexão do punho, por isso é muito comum em jogadores de tênis e golve, devido a atividade constante nessa região durante a prática do esporte. Causas comuns incluem:

  • Movimentos repetitivos no trabalho ou atividades de lazer
  • Má postura ou técnica inadequada em esportes
  • Excesso de carga nos exercícios físicos

Sintomas principais:

  • Dor no cotovelo, que pode irradiar para o antebraço
  • Sensação de fraqueza ao segurar objetos
  • Dificuldade para realizar tarefas diárias, como abrir portas ou segurar utensílios

mulher atleta com expressão de dor, segurando o seu cotovelo

Os esportes influenciam no desenvolvimento da epicondilite?

Sim. Esportes que exigem movimentos repetitivos do punho, como tênis, squash, golfe e até musculação, podem aumentar o risco de desenvolver a epicondilite. Atletas são especialmente suscetíveis devido à repetição constante desses movimentos.

Leia também: Doenças Osteomusculares

Quando os atletas podem retornar às atividades?

O retorno ao esporte varia conforme a resposta ao tratamento e o tipo de epicondilite. Geralmente, recomenda-se o descanso até que os sintomas estejam completamente controlados. O acompanhamento com um fisioterapeuta é importante para garantir que o atleta esteja preparado para retomar as atividades sem riscos de recaída.

Testes e diagnóstico da epicondilite

O diagnóstico é clínico, mas alguns testes físicos específicos ajudam na identificação:

  • Teste de Cozen: O paciente tenta resistir à flexão do punho enquanto o médico pressiona o antebraço.
  • Teste de Mill: O paciente estende o cotovelo e o punho enquanto o médico observa se há dor.

Em alguns casos, exames de imagem, como ultrassom e ressonância magnética, podem ser usados para avaliar a extensão da lesão.

Tratamentos para epicondilite

O tratamento da epicondilite inclui tanto opções conservadoras quanto intervenções mais invasivas:

  • Repouso e Modificação de Atividades: Evitar movimentos que causem dor é essencial para a recuperação.
  • Terapia com Gelo: Alivia a inflamação e a dor na região afetada.
  • Exercícios de Fortalecimento: Fisioterapia focada no fortalecimento dos músculos do antebraço ajuda a reduzir a pressão nos tendões.
  • Uso de Órteses: Braçadeiras ajudam a reduzir a tensão nos tendões durante as atividades diárias.
  • Intervenção Cirúrgica: Em casos graves ou persistentes, a cirurgia pode ser considerada para remover tecido danificado e aliviar a pressão sobre os tendões.

Para casos persistentes, algumas opções adicionais incluem:

  • Infiltração com Corticoides: Usada com cautela, pois pode causar efeitos colaterais se aplicada excessivamente.
  • Plasma Rico em Plaquetas (PRP): Técnica que injeta componentes do próprio sangue para promover a regeneração.
  • Terapia com Ondas de Choque: Técnica não invasiva que estimula a cicatrização dos tecidos.

Medicamentos comumente prescritos

O tratamento pode incluir anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), analgésicos para alívio da dor e, em alguns casos, relaxantes musculares para diminuir a tensão. É importante que a medicação seja orientada por um médico, especialmente para evitar o uso prolongado de corticoides.

Epicondilite tem cura?

Sim, a epicondilite tem cura, especialmente quando o tratamento é iniciado cedo e segue corretamente as orientações médicas. O tempo de recuperação pode variar, e a prevenção é essencial para evitar recaídas.

Dicas para prevenir a epicondilite

Algumas estratégias preventivas incluem:

  • Fazer pausas durante atividades repetitivas.
  • Usar equipamentos ergonômicos no trabalho.
  • Realizar exercícios de alongamento e fortalecimento para os músculos do antebraço.
  • Aprender a técnica correta para esportes e atividades físicas.

Telemedicina pode auxiliar?

Sim, a telemedicina pode ser uma ferramenta valiosa para a avaliação inicial e o acompanhamento da epicondilite, especialmente em casos em que o paciente precisa de orientação para o tratamento conservador ou ajuste na medicação.

Redação

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