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Oncologia integrativa: Um novo horizonte no tratamento do câncer

8 min. de leitura

A oncologia integrativa está emergindo como uma abordagem inovadora que combina tratamentos convencionais de câncer com terapias complementares, visando não apenas tratar a doença, mas também melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Esta prática coloca o paciente no centro do cuidado, integrando aspectos físicos, emocionais e sociais para oferecer um tratamento mais holístico e eficaz.

O que é oncologia integrativa?

A oncologia integrativa é uma abordagem que une a medicina convencional com práticas complementares baseadas em evidências científicas. O objetivo é tratar o câncer de forma abrangente, considerando não apenas o tumor, mas também o bem-estar geral do paciente. Isso inclui o uso de terapias como acupuntura, meditação, nutrição personalizada e exercícios físicos, que podem ajudar a aliviar os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais e melhorar a qualidade de vida.

Como funciona a oncologia integrativa?

Na prática, a oncologia integrativa envolve uma equipe multidisciplinar que pode incluir oncologistas, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde. Juntos, eles desenvolvem um plano de tratamento personalizado que combina quimioterapia, radioterapia ou cirurgia com terapias complementares. Essa abordagem visa reduzir os efeitos colaterais, aumentar a adesão ao tratamento e melhorar o bem-estar geral do paciente.

História e evolução da oncologia integrativa

A oncologia integrativa começou a ganhar reconhecimento nas últimas décadas, à medida que a medicina começou a reconhecer a importância de tratar o paciente como um todo. No Brasil, a incorporação de práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006 tem permitido que mais pacientes tenham acesso a essas abordagens, refletindo uma mudança significativa na forma como o câncer é tratado.

Leia também: Tudo sobre medicina integrativa

Princípios da Oncologia Integrativa

A oncologia integrativa é guiada por princípios que buscam um cuidado mais abrangente e centrado no paciente:

  1. Cuidado Holístico: Envolve tratar o paciente em sua totalidade, considerando seu bem-estar físico, emocional, mental e espiritual.
  2. Tratamento Personalizado: Cada plano de tratamento é adaptado às necessidades individuais do paciente, levando em consideração sua história de vida e preferências.
  3. Interdisciplinaridade: Envolve a colaboração entre diferentes especialidades médicas para uma abordagem mais eficiente e eficaz do câncer.
  4. Prevenção e Promoção da Saúde: Foca na prevenção de doenças e promoção do bem-estar por meio de hábitos saudáveis e terapias complementares.
  5. Envolvimento do Paciente: Incentiva os pacientes a participarem ativamente de suas decisões de tratamento e cuidados de saúde.
  6. Base em Evidências: Integra terapias complementares que têm suporte científico para garantir segurança e eficácia.

Diferenças entre oncologia integrativa e medicina tradicional

Enquanto a medicina tradicional foca principalmente no tratamento direto do câncer, a oncologia integrativa busca complementar esses tratamentos com práticas que promovem o bem-estar geral do paciente. Isso não significa substituir os tratamentos convencionais, mas sim enriquecer o plano de cuidado com práticas que podem aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Oncologia integrativa vs. medicina alternativa

É importante destacar que a oncologia integrativa não é sinônimo de medicina alternativa. Enquanto a medicina alternativa muitas vezes rejeita tratamentos convencionais, a oncologia integrativa os incorpora, utilizando terapias complementares que têm base científica para apoiar o tratamento do câncer.

Disponibilidade no SUS e acesso

No Brasil, a oncologia integrativa está disponível pelo SUS através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que tem como objetivo ampliar o acesso da população a práticas integrativas e complementares de saúde. Esta política foi criada para integrar abordagens de saúde que promovem a prevenção de doenças e a recuperação da saúde por meio de práticas que valorizam a integralidade do cuidado e o autocuidado, respeitando as tradições culturais e sociais do país.

Na área de oncologia, as práticas integrativas e complementares podem ser utilizadas como abordagens complementares ao tratamento convencional do câncer. Exemplos incluem:

Acupuntura: Pode ser usada para aliviar sintomas como náuseas e dor associadas ao tratamento do câncer.

Fitoterapia: Uso de plantas medicinais para ajudar no alívio de sintomas ou efeitos colaterais do tratamento do câncer.

Terapias Corporais e Mentais: Como yoga e meditação, que podem ajudar a melhorar o bem-estar geral e reduzir o estresse em pacientes oncológicos.

Essas práticas são usadas para complementar os tratamentos convencionais, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e a promover uma abordagem de saúde mais holística.

Vantagens

  • Melhor Adesão ao Tratamento: Uma abordagem holística e envolvente resulta em pacientes mais propensos a aderir aos tratamentos recomendados, aumentando suas chances de sucesso.
  • Apoio Emocional: Profissionais de saúde mental podem ajudar a lidar com o estresse e a ansiedade que muitas vezes acompanham o diagnóstico de câncer.
  • Integração de Terapias: O uso de técnicas complementares, como yoga e meditação, ajuda na recuperação e no fortalecimento do sistema imunológico.
  • Redução de Efeitos Colaterais: Terapias complementares podem ajudar a aliviar sintomas como náuseas e fadiga.
  • Melhora da Qualidade de Vida: Foco no bem-estar geral do paciente durante e após o tratamento.
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Especialidades médicas

A oncologia integrativa pode envolver várias especialidades médicas, incluindo oncologia, nutrição, psicologia, fisioterapia e medicina mente-corpo. Essa abordagem interdisciplinar permite um cuidado mais abrangente e eficaz.

Além disso, melhora significativamente a relação entre médico e paciente, promovendo um ambiente de confiança e colaboração. O paciente é visto como um parceiro ativo no seu tratamento, o que pode melhorar os resultados de saúde.

Doenças tratadas e formas de tratamento

A oncologia integrativa é aplicada principalmente no tratamento de câncer, mas as práticas complementares podem ser adaptadas para tratar uma variedade de condições associadas, como dor crônica e distúrbios do sono. As formas de tratamento incluem acupuntura, yoga, meditação, nutrição personalizada e suporte psicológico.

Além de tratar o câncer, a oncologia integrativa se concentra na prevenção, incentivando práticas de vida saudáveis que podem prevenir o desenvolvimento de condições crônicas. Isso resulta em uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Benefícios para clínicas e consultórios

Clínicas que adotam a oncologia integrativa podem atrair mais pacientes, oferecendo um cuidado mais completo e personalizado. Isso pode levar a uma base de pacientes mais fiel e recorrente, além de diferenciar a clínica no mercado.

Para clínicas que desejam expandir sua atuação e oferecer oncologia integrativa, é importante investir em treinamento para a equipe, integrar diferentes especialidades e garantir que as práticas adotadas tenham respaldo científico. Isso não só melhora o atendimento ao paciente, mas também fortalece a reputação da clínica.

Conclusão

A oncologia integrativa representa uma evolução no tratamento do câncer, oferecendo uma abordagem mais humana e completa. Ao integrar práticas convencionais e complementares, ela não apenas trata o câncer, mas também promove a saúde e o bem-estar geral.

À medida que mais pacientes buscam tratamentos personalizados e eficazes, a oncologia integrativa está bem posicionada para liderar essa mudança, oferecendo um caminho para uma saúde mais equilibrada e sustentável.

Redação

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