A aplicação da interoperabilidade na saúde tem sido uma aliada importante para impulsionar a inovação e promover a transformação digital do setor. A abordagem viabiliza a integração de sistemas promovendo uma gestão colaborativa e integrada na prestação de serviços médicos.
Neste conteúdo, vemos os fundamentos do conceito de interoperabilidade e como o seu uso tem impulsionado a inovação e a transformação digital no campo da saúde. Também vemos exemplos da sua aplicabilidade nas esferas pública e privada no Brasil.
Antes de entrar no campo da saúde é importante retomar o conceito geral de interoperabilidade. Esta é a base da mudança de paradigma que está acontecendo na medicina.
A interoperabilidade é a capacidade de interação entre sistemas, dispositivos ou componentes tecnológicos para trocar informações entre si de maneira eficaz. É a habilidade de sistemas heterogêneos se comunicarem e cooperarem, superando barreiras técnicas e organizacionais.
A interoperabilidade é fundamental para a integração de tecnologias e a interconexão de diferentes serviços, promovendo a troca de dados e a colaboração entre sistemas diversos.
Através dessa conexão é possível criar soluções integradas, ampliar a conectividade entre dispositivos e facilitar a troca de informações. O resultado desse avanço é o aumento da eficiência e produtividade nos setores em que é aplicado.
O conceito de interoperabilidade surgiu no campo da tecnologia da informação e comunicação (TIC) na década de 1970. Na época, o surgimento de uma diversidade de sistemas criou a necessidade de estabelecer padrões e protocolos que permitissem a comunicação entre eles.
A necessidade de interoperabilidade ficou ainda mais evidente com a expansão da internet e das redes de computadores. À medida que mais sistemas e plataformas foram desenvolvidos, tornou-se imprescindível garantir que eles pudessem compartilhar informações de forma eficiente.
Ao longo dos anos, foram desenvolvidos variados padrões e protocolos para promover a interoperabilidade em diferentes áreas. Esses padrões estabelecem diretrizes e especificações técnicas que permitem a troca de dados entre sistemas heterogêneos.
Hoje em dia, o conceito de interoperabilidade é amplamente utilizado em diversos campos, incluindo saúde, transporte, energia, finanças e outros. O modelo desempenha um papel fundamental na integração de sistemas e no avanço de inúmeras tecnologias.
Na área da saúde, o conceito de interoperabilidade começou a ser utilizado a partir da década de 1990. Isso ocorreu à medida em que os sistemas de informação e os registros médicos eletrônicos começaram a ser implementados de forma mais ampla.
Com a tecnologia avançando rapidamente, surgiram esforços para estabelecer padrões e protocolos que permitissem a interoperabilidade na saúde. Organizações como o Health Level Seven International (HL7) e o Clinical Document Architecture (CDA) desempenharam um papel importante na definição de padrões de interoperabilidade para o setor de saúde.
Desde o início do seu desenvolvimento, o conceito seguiu evoluindo, impulsionado pela necessidade de integrar informações de diferentes instituições de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios e farmácias.
Alguns padrões são referências na área, como o Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM) para imagens médicas e o Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR) para troca de dados clínicos.
Décadas depois, a interoperabilidade ganhou papel de protagonismo na saúde. É através dessa função que gestores podem garantir segurança e usar soluções inovadoras na coordenação dos serviços médicos.
Quando levamos o conceito para o contexto médico temos que pensar na evolução da saúde digital e no trabalho das healthtechs. Essas empresas utilizam a interoperabilidade como pilar para desenvolver soluções inovadoras para serviços de saúde.
Usando interoperabilidade, acontece a integração de sistemas existentes em hospitais, clínicas e laboratórios. Assim, é possível compartilhar de forma segura registros médicos eletrônicos, resultados de exames, prescrições e outras informações relevantes.
A interconexão para o desenvolvimento de soluções tecnológicas de saúde apresenta inúmeros benefícios. Entre eles, reduz a duplicação de testes, melhora a comunicação entre os profissionais de saúde e evita erros por falta de acesso a informações.
A integração e o compartilhamento de informações tem sido importante para melhorar a coordenação dos cuidados de saúde, otimizar os processos clínicos e promover uma maior eficiência nos serviços.
Soluções desenvolvidas com esse princípio contribuem para o aprimoramento dos processos em clínicas e hospitais. Esses desenvolvimentos tecnológicos promovem a redução de custos e de erros e agilizam os atendimentos, aprimorando a jornada do paciente.
Com a integração de dispositivos médicos, aplicativos móveis e outros sistemas é possível, por exemplo, coletar dados de saúde em tempo real. O monitoramento remoto permite realizar diagnósticos mais precisos e desenvolver tratamentos personalizados.
Considerando o seu impacto na gestão dos cuidados médicos e no aprimoramento dos serviços de saúde, é inegável que a interoperabilidade deve ser uma prioridade para desenvolver ainda mais o setor.
A interoperabilidade na saúde brasileira está em evolução, mas já conta com casos de sucesso que podem ser referência para novos desenvolvimentos.
Uma das iniciativas mais importantes nesse sentido é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). O projeto busca padronizar e integrar os registros médicos eletrônicos em todo o país.
O conceito também é estimulado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das ações públicas mais relevantes é a implementação do Cartão Nacional de Saúde (CNS), que possui um número de identificação único para cada indivíduo.
Além disso, para garantir a interoperabilidade entre os sistemas de gestão, o sistema usa padrões e protocolos adequados. Alguns exemplos são o Padrão de Interoperabilidade de Governo Eletrônico (ePING) e o Protocolo de Comunicação Interoperável para a Área de Saúde (PCI-AS). Porém, há muitos desafios na área a serem atendidos, a falta de interoperabilidade entre sistemas municipal, estadual e federal, por exemplo, impede que os médicos tenham acesso a todo histórico médico do paciente, ele apenas consegue visualizar o que foi realizado dentro daquela esfera, hospital ou unidade de atendimento.
Saindo da esfera pública, é possível encontrar ainda mais exemplos de interoperabilidade na saúde. A healthtech brasileira Portal Telemedicina pode ser citada como um caso de sucesso do uso desta abordagem para desenvolver soluções inovadoras na área médica.
Em 2022, a empresa foi destaque ao sair campeã do Desafio de Inovação do Congresso Nacional de Hospitais Privados na categoria interoperabilidade. Saiba mais sobre o prêmio aqui neste artigo.
A solução de telemedicina da Portal, assim como outros serviços da empresa, têm como base este princípio. Através da integração de sistemas, dados e equipamentos vem transformando hospitais e clínicas em centros de saúde digital.
Saiba como a solução da Portal pode ajudar a sua unidade de saúde a superar os desafios da interoperabilidade. Clique aqui e converse com um de nossos consultores.
O CEO da Portal Telemedicina, Rafael Figueroa, teve a honra de ministrar uma aula magna…
O CID A02, parte da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão), refere-se a "Outras…
Entre os dias 14 e 15/11 de 2024, a Portal Telemedicina esteve no Amapá participando…
O chamado "chip da beleza" ganhou notoriedade nos últimos anos como uma suposta solução milagrosa…
A escolha correta da via de administração de medicamentos pode definir a eficácia do tratamento…
O teste de Romberg (ou prova de romberg) é uma ferramenta diagnóstica simples, mas poderosa,…