A telemedicina no Brasil e no mundo experimentou um crescimento significativo nos últimos anos. Esse desenvolvimento foi impulsionado por avanços tecnológicos, pela busca por melhor acesso à saúde e, mais recentemente, pela pandemia da covid-19. Entretanto, como atender por telemedicina as demandas dos pacientes ainda é um ponto que gera dúvida entre profissionais de saúde.
De modo geral, a telemedicina refere-se à prestação de serviços médicos à distância, mediados por tecnologias de comunicação e informação, como softwares com funções de videochamada, aplicativos, ferramentas de ensino e plataformas para emissão de laudos.
Neste artigo, vamos explorar o desenvolvimento dessas práticas de telemedicina no Brasil e como ela pode suprir diferentes necessidades. Além disso, veja também como a Inteligência Artificial entra nesse contexto para fomentar ainda mais a evolução desse ecossistema de saúde digital.
Quando falamos da evolução da saúde digital e das soluções de telemedicina no Brasil, podemos citar claramente alguns marcos legais que foram importantes nesse processo.
As práticas de telemedicina estão sendo estudadas e desenvolvidas por pesquisadores e profissionais no país já desde o início do século XXI. Porém, a pandemia de covid-19 introduziu uma nova realidade em que a necessidade de adaptação criou uma situação de urgência.
Com isso, em 2020 o Ministério da Saúde aprovou uma Portaria de maneira emergencial reconhecendo a prática como uma alternativa para o momento de isolamento. Mais tarde, a Lei 13.989/2020 estabeleceu diretrizes, permitindo a realização de consultas online de maneira mais ampla.
A expansão durante a pandemia acelerou a adoção da telemedicina e de soluções como as teleconsultas, uma vez que pacientes e profissionais buscaram formas mais seguras para a realização de consultas e acompanhamentos médicos. A boa recepção por parte dos pacientes contribuiu com o avanço também no ponto de vista da legislação.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) olhou para a questão em maio de 2022 e publicou a Resolução CFM nº 2.314/2022 que “define e regulamenta a telemedicina como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação”.
Por fim, ao final do mesmo ano, foi aprovada a Lei 14.510/2022, que revogou a legislação emergencial de 2020 e disciplinou a prática da telessaúde em todo o território nacional, definindo quais são as modalidades que o conceito abrange e dispondo instruções para a conduta de profissionais.
A pandemia voltou a atenção de médicos, pacientes, imprensa, legisladores — entre outros atores sociais — para como atender por telemedicina através desse ecossistema de saúde digital, e quais os benefícios, desafios e limites agregados presentes contexto.
O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a buscar formas de adotar a telemedicina no âmbito público e já conta com exemplos bem sucedidos de ampliação do acesso aos serviços de saúde por meio da tecnologia.
No setor privado, empresas de saúde e startups têm investido de forma pesada em plataformas e aplicativos capazes de proporcionar uma melhor experiência para os pacientes, ampliando o acesso a generalistas e especialistas e, em última instância, salvando vidas.
Esse é o caso da Portal Telemedicina, empresa que há 10 anos vem investindo em pesquisa para desenvolver tecnologias de ponta no campo da saúde digital. Com soluções tanto de teleconsulta quanto de laudos remotos, a startup trabalha em diferentes frentes da telemedicina, encurtando a distância entre médicos e pacientes.
A empresa desenvolve ainda uma série de algoritmos de Inteligência Artificial, que trabalham desde a triagem de laudos cardiológicos urgentes até a detecção de nódulos cancerígenos em exames de imagem. Durante a pandemia, a Portal Telemedicina desenvolveu algoritmos capazes de detectar a covid-19 em raios-x e tomografias.
Já vimos um pouco do que os avanços da saúde digital podem proporcionar. Agora, vamos aprofundar como atender por telemedicina diferentes demandas e desafios da área da saúde digital.
A telemedicina desempenha um papel crucial na superação das barreiras geográficas, além das questões mobilidade. Pacientes em áreas rurais, remotas ou com baixa densidade de profissionais da saúde podem se beneficiar significativamente, pois agora têm a oportunidade de acessar serviços médicos sem a necessidade de longas viagens para consultas presenciais.
Isso não apenas economiza tempo e custos, mas também amplia o alcance da atenção médica a populações que, de outra forma, teriam dificuldade em obter cuidados de saúde adequados, contribuindo ainda para a detecção e diagnóstico precoce de condições de saúde que precisam de tratamento rápido.
Outro benefício das soluções de saúde digital diz respeito à gestão de doenças crônicas. Pacientes com condições como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas podem monitorar seus sinais vitais e relatar sintomas de forma contínua por meio de dispositivos de atenção remota.
Os profissionais de saúde podem acompanhar de perto esses dados, ajustar os tratamentos conforme necessário e intervir prontamente em caso de problemas, ajudando a melhorar o controle das doenças e reduzindo hospitalizações.
A telemedicina é ainda uma ferramenta valiosa para a triagem da condição de saúde de pacientes. Os provedores de saúde podem usar consultas online para avaliar a gravidade dos sintomas e direcionar os pacientes para atendimento presencial quando necessário.
Isso contribui para a eficiência do sistema de saúde, garantindo que os recursos sejam direcionados de maneira adequada, e ajuda a evitar a sobrecarga dos serviços de emergência.
De qualquer forma, a legislação brasileira prevê que o atendimento presencial seguirá como o padrão ouro e assegura aos profissionais “a liberdade e a completa independência de decidir sobre a utilização ou não da telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, atendimento ou procedimento, podendo indicar a utilização de atendimento presencial ou optar por ele, sempre que entender necessário”.
A telemedicina ajuda ainda na atuação de profissionais de saúde durante situações de emergência e desastres. Médicos e equipes de resposta médica podem fornecer orientações de emergência à distância, estabilizando pacientes antes de sua chegada ao hospital. Isso é muito valioso em locais onde a assistência médica presencial é limitada ou quando o tempo é essencial.
Essa orientação de conduta para casos de emergência também pode ocorrer em exames de rotina, como na saúde ocupacional, por exemplo, em situações em que o paciente descobre por acaso que está com um quadro assintomático. A segunda opinião médica e a interação entre profissionais por meio de plataformas de telemedicina é chamada de teleinterconsulta
Além de prestar serviços médicos diretos, a telemedicina é uma ferramenta eficaz para a educação em saúde. Pacientes podem acessar informações sobre suas condições de saúde, tratamentos e prevenção de doenças por meio de plataformas online.
Os profissionais de saúde também podem utilizar a telemedicina para treinamento e educação contínua, melhorando suas habilidades e mantendo-se atualizados sobre as últimas práticas médicas.
Neste artigo você viu como atender por telemedicina as diversas necessidades e desafios da medicina atual.
A saúde digital é um campo abrangente e versátil para a prestação de serviços. Soluções nessa área não apenas aumentam a acessibilidade aos cuidados médicos, mas também têm um papel importante na evolução da saúde pública, promovendo sistemas de saúde mais eficientes e resilientes.
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