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Bronquiolite: Sintomas, causas e tratamentos em bebês

7 min. de leitura

bebê em consultório médico sendo avaliadoA bronquiolite é uma infecção respiratória comum e potencialmente grave que afeta principalmente bebês e crianças pequenas. Entender essa condição é essencial para agir de forma preventiva e oferecer os cuidados necessários. 

Neste artigo completo, explicamos o que é bronquiolite, seus sintomas, causas, tratamentos e medidas de prevenção.

O que é bronquiolite?

A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, as pequenas vias aéreas nos pulmões, responsáveis por transportar o ar até os alvéolos pulmonares onde ocorrem as trocas gasosas. Ela acomete principalmente crianças menores de 2 anos, sendo mais comum entre os 2 e 6 meses de idade devido ao seus sistemas respiratórios e imunológicos ainda não estarem totalmente desenvolvidos, o que facilita a infecção e a obstrução das vias aéreas menores. A doença provoca inchaço e acúmulo de muco nos bronquíolos, dificultando a respiração.

Causas da bronquiolite

O principal agente causador da bronquiolite é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por até 80% dos casos. Outros vírus também podem estar relacionados, como o rinovírus, adenovírus e influenza.

A doença é mais prevalente durante o outono e o inverno, estações em que esses vírus circulam com maior intensidade. Além disso, ambientes fechados e contato próximo com pessoas infectadas aumentam o risco de transmissão.

Sintomas da bronquiolite

Os sintomas iniciais da bronquiolite podem lembrar um resfriado comum. No entanto, com a progressão da doença, os sinais podem incluir:

  • Tosse persistente;
  • Respiração rápida ou ofegante;
  • Chiado no peito e dificuldade para respirar;
  • Diminuição do apetite e irritabilidade;
  • Em casos mais graves, cianose (coloração azulada da pele).

Fique atento à evolução desses sintomas, especialmente em bebês menores de 6 meses.

Diagnóstico da bronquiolite

Na maioria dos casos, o diagnóstico é realizado com base nos sintomas e no exame físico. O pediatra avalia os sinais clínicos e pode recorrer a exames complementares para confirmar a condição ou descartar outras doenças.

Entre os exames que podem ser solicitados estão:

  1. Oximetria de pulso: para medir os níveis de oxigênio no sangue.
  2. Radiografia de tórax: utilizada para descartar condições como pneumonia.
  3. Teste rápido de vírus: detecta o VSR ou outros vírus respiratórios.

Tratamento da bronquiolite

Por ser uma infecção viral, a bronquiolite não possui tratamento específico. O foco é aliviar os sintomas e garantir que o bebê esteja devidamente hidratado e respirando bem.

As principais medidas incluem:

  • Oferecer líquidos regularmente para evitar desidratação;
  • Usar umidificadores de ar ou soluções salinas para aliviar a congestão nasal;
  • Elevar a cabeceira do berço para facilitar a respiração;
  • Em casos graves, oxigenoterapia e monitoramento hospitalar podem ser necessários.

O uso de antibióticos só é indicado em casos de infecção bacteriana secundária, conforme orientação médica.

Leia mais: Tudo sobre Pneumonia bacteriana

Prevenção da bronquiolite

Adotar práticas preventivas é a melhor forma de proteger o bebê:

  1. Higiene rigorosa: Lave as mãos antes de tocar no bebê.
  2. Evitar contato com pessoas doentes: Isso reduz o risco de exposição a vírus.
  3. Não fumar perto da criança: O fumo passivo aumenta a vulnerabilidade do bebê a infecções respiratórias.
  4. Aleitamento materno: O leite materno fortalece o sistema imunológico do bebê.

Para bebês de alto risco, como prematuros ou com condições pulmonares, o uso do anticorpo monoclonal palivizumabe pode ser recomendado durante a temporada de VSR.

Quando procurar ajuda médica?

Você deve buscar ajuda médica imediatamente se o bebê apresentar sinais como:

  • Dificuldade respiratória evidente;
  • Pele, lábios ou unhas azuladas (cianose);
  • Recusa alimentar persistente;
  • Febre alta que não diminui com medicamentos.

Esses sintomas podem indicar um agravamento da condição e demandam atenção médica urgente.

Como a telemedicina contribui no diagnóstico e manejo da bronquiolite

A telemedicina tem se consolidado como uma ferramenta poderosa no cuidado pediátrico, especialmente em condições respiratórias como a bronquiolite. Por meio da tecnologia, é possível fornecer orientação médica ágil e acessível, beneficiando tanto os pais quanto os profissionais de saúde. Confira como a telemedicina pode ajudar no diagnóstico e manejo dessa doença:

1. Avaliação remota e triagem

Com o uso de plataformas de telemedicina, os pais podem relatar sintomas como tosse persistente, chiado no peito e dificuldade respiratória ao pediatra por videochamada. Isso permite uma avaliação inicial e ajuda a determinar a gravidade do caso.

2. Monitoramento contínuo em casa

Nos casos leves, o médico pode acompanhar a evolução dos sintomas à distância, instruindo os pais sobre medidas simples, como aspiração nasal ou hidratação, além de orientá-los sobre sinais de alerta que exigem atenção imediata.

3. Uso de dispositivos conectados

Equipamentos como oxímetros de pulso podem ser usados no ambiente doméstico para monitorar a saturação de oxigênio da criança. Esses dados podem ser enviados em tempo real ao médico, oferecendo maior precisão na avaliação do estado de saúde do bebê.

4. Acesso a especialistas em qualquer lugar

A telemedicina elimina barreiras geográficas, conectando os pais a pneumologistas pediátricos e outros especialistas, mesmo em regiões remotas. Isso é fundamental para casos mais complexos que demandam uma avaliação especializada.

5. Prevenção de exposição a outros patógenos

Evitar deslocamentos desnecessários para clínicas ou hospitais reduz o risco de exposição do bebê a outros vírus, como gripe ou COVID-19, que podem agravar o quadro respiratório.

Saiba também: Radiografia via telemedicina

Quando o atendimento presencial é necessário

É importante destacar que, apesar dos benefícios, a telemedicina não substitui o atendimento presencial em casos graves. Sinais como dificuldade extrema para respirar, cianose ou recusa alimentar exigem intervenção médica imediata em um ambiente hospitalar.

Com a telemedicina, pais e responsáveis ganham um recurso valioso para agir rapidamente e com segurança diante de um quadro de bronquiolite, promovendo um cuidado mais eficiente e humanizado.

Conclusão

A bronquiolite é uma condição que exige atenção, especialmente em bebês e crianças pequenas. Embora muitos casos sejam leves e tratados em casa, é essencial reconhecer os sinais de alerta e adotar medidas preventivas para proteger os pequenos.

Redação

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