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Ateromatose da aorta: O que você precisa saber sobre o acúmulo de placas na maior artéria do corpo

7 min. de leitura

pequeno boneco com área frontal aberta e mulher indicando com dedo área do coraçãoA ateromatose da aorta é uma condição que envolve o acúmulo de placas nas paredes da aorta, a maior artéria do corpo humano. Essas placas, formadas por gordura, cálcio, colesterol e outras substâncias, podem restringir o fluxo sanguíneo e aumentar o risco de doenças cardiovasculares graves, como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Neste post, vamos explicar o que é essa condição, seus principais sintomas, fatores de risco e as formas de tratamento.

O que é ateromatose da aorta?

A ateromatose é uma manifestação da aterosclerose, uma doença caracterizada pelo endurecimento e estreitamento das artérias. Na aorta, que tem a função de transportar sangue do coração para o resto do corpo, o acúmulo de placas pode comprometer a circulação e levar a sérias complicações. Como a aorta é dividida em várias partes (torácica e abdominal), o local exato da ateromatose pode influenciar os sintomas e o tratamento.

Fatores de risco e população afetada

Os fatores de risco para a ateromatose da aorta incluem:

  • Idade avançada: O risco aumenta significativamente após os 50 anos.
  • Hipertensão arterial: A pressão alta contribui para o desgaste das artérias.
  • Colesterol elevado: O colesterol LDL (“ruim”) é o principal componente das placas.
  • Fumo: O tabagismo danifica as paredes arteriais, acelerando o processo de aterosclerose.
  • Histórico familiar: Se há parentes com doenças cardiovasculares, o risco é ainda maior.

Um fato que é pouco comentado é o impacto da ateromatose em populações específicas, como pessoas com doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide) ou condições genéticas como a síndrome de Marfan, que podem apresentar ateromatose precoce e progressiva.

Veja também: Tudo sobre arteriografia

Sintomas da ateromatose da aorta

Um dos maiores desafios dessa doença é que, em muitos casos, ela é assintomática até estar em estágio avançado. Quando ocorrem, os sintomas podem variar dependendo da localização das placas. Na aorta torácica, por exemplo, o paciente pode sentir dor no peito semelhante à angina. Já na aorta abdominal, podem surgir dores abdominais e pulsação visível no abdômen.

Além disso, complicações graves, como aneurismas ou dissecções da aorta, podem se desenvolver, o que requer tratamento emergencial. É fundamental ressaltar que, mesmo na ausência de sintomas, a ateromatose pode ser detectada em exames, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada.

Complicações da ateromatose

A principal complicação da ateromatose é a obstrução parcial ou total da aorta, o que aumenta o risco de trombose e embolia, levando a infartos, AVCs e insuficiência renal. Outra complicação é o desenvolvimento de aneurismas, dilatações na parede da artéria que podem romper e causar hemorragias fatais.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce da ateromatose é essencial para evitar complicações. Os exames mais comuns incluem:

  • Ultrassonografia vascular: Avalia o fluxo de sangue e detecta placas.
  • Tomografia computadorizada: Oferece imagens detalhadas da aorta e suas ramificações.
  • Angiografia por ressonância magnética: Útil para mapear a circulação e identificar áreas de bloqueio.

Prevenção: Um passo essencial

Apesar dos tratamentos disponíveis, a prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz contra a ateromatose da aorta. Adotar um estilo de vida saudável pode reduzir significativamente o risco de aterosclerose e suas complicações. As principais medidas preventivas incluem:

  • Alimentação balanceada: Reduza o consumo de gorduras saturadas e colesterol. Opte por frutas, verduras e cereais integrais.
  • Exercícios físicos: A prática regular de atividade física ajuda a manter o peso ideal e controla o colesterol.
  • Parar de fumar: O tabagismo acelera o processo de aterosclerose. Parar de fumar pode melhorar significativamente a saúde das artérias.
  • Controle da pressão arterial: Manter a pressão arterial sob controle reduz o desgaste nas artérias.

Leia também: Faça um check-up

Tratamento da ateromatose da aorta

O tratamento da ateromatose varia de acordo com a gravidade da condição. Em estágios iniciais, mudanças no estilo de vida e o uso de medicamentos, como estatinas (para reduzir o colesterol) e anti-hipertensivos, são eficazes para prevenir a progressão da doença. Nos casos mais avançados, com obstruções significativas, procedimentos como a angioplastia ou a cirurgia de bypass podem ser necessários.

Além disso, a abordagem cirúrgica é muitas vezes necessária quando há risco de ruptura de aneurismas ou em dissecções aórticas.

Abordagem humanizada: Como a ateromatose impacta o dia a dia

Uma parte que frequentemente falta nos conteúdos sobre ateromatose é a perspectiva emocional e psicológica dos pacientes. Conviver com uma condição crônica como essa pode gerar ansiedade e medo sobre o futuro, principalmente devido ao risco de complicações graves. Por isso, é importante que o paciente tenha um acompanhamento médico regular e apoio emocional, além de esclarecer suas dúvidas sobre o tratamento.

Perguntas Frequentes sobre ateromatose da aorta

  1. A ateromatose da aorta tem cura?

    Não existe cura definitiva para a ateromatose, mas com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, é possível controlar a progressão da doença e reduzir os riscos de complicações graves.

  2. A ateromatose da aorta é perigosa?

    Sim. A ateromatose pode levar a complicações como aneurismas, dissecções e obstruções arteriais, todas potencialmente fatais se não tratadas adequadamente.

  3. Quais são os principais exames para detectar a ateromatose da aorta?

    Os exames mais comuns são a ultrassonografia vascular, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, que oferecem imagens detalhadas da aorta e identificam a presença de placas.

Redação

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