O telemonitoramento é uma tecnologia de saúde remota que permite o acompanhamento contínuo e personalizado de pacientes, especialmente aqueles com doenças crônicas, diretamente de suas casas. Essa prática tem ganhado destaque como uma solução eficaz para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzir custos e otimizar o uso de recursos de saúde. Com o uso de dispositivos conectados e plataformas digitais, médicos podem monitorar sinais vitais, sintomas e aderência ao tratamento, proporcionando intervenções mais rápidas e precisas.
O processo de telemonitoramento envolve três etapas principais:
O telemonitoramento oferece diversos benefícios tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde:
Apesar dos seus benefícios, o telemonitoramento enfrenta alguns desafios, como a necessidade de infraestrutura tecnológica adequada e a garantia de segurança e privacidade dos dados dos pacientes. O armazenamento de dados pessoais e de saúde do paciente seguem normas rigorosas, conforme previsto na resolução CFM nº 2.314/2022 que regulamenta a telemedicina e na própria Lei Geral de Proteção de Dados – LGP. A infraestrutura para guarda e compartilhamento dessas informações devem atender integralmente aos requisitos do Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2), no padrão de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), por exemplo.
Outro desafio enfrentado é a resistência tanto de profissionais como pacientes no uso de tecnologias. Muitas vezes por desconhecimento das mesmas ou falta de habilidade. Além disso, é essencial que os pacientes e profissionais de saúde estejam bem treinados no uso dos dispositivos e plataformas de telemonitoramento para garantir a qualidade do telemonitoramento.
Pacientes com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas, frequentemente necessitam de monitoramento constante para evitar complicações e hospitalizações. O telemonitoramento oferece uma maneira eficiente de acompanhar esses pacientes, permitindo que os profissionais de saúde intervenham rapidamente em caso de alterações no estado de saúde.
Para portadores de diabetes, por exemplo, existe o telemonitoramento dos níveis de glicose no sangue em tempo real, através de dispositivos conectados ao próprio corpo, como é o caso do Freestyle Libre. Esses dispositivos enviam dados diretamente para profissionais de saúde, por exemplo, um paciente com diabetes tipo 1 utilizando um monitor contínuo de glicose será alertado em seu smartphone e no do médico em caso de níveis anormais de glicose, permitindo intervenções rápidas e personalizadas.
Para doenças cardíacas, o monitoramento online pode incluir o uso de dispositivos que registram a pressão arterial, frequência cardíaca e até mesmo eletrocardiogramas (ECGs) em tempo real. Pacientes com insuficiência cardíaca, por exemplo, têm a opção de usar balanças inteligentes e monitores de pressão arterial que transmitem dados para uma plataforma online acessada por cardiologistas. Isso permite que os médicos detectem sinais precoces de agravamento da condição, como ganho de peso súbito ou alterações na pressão arterial, e ajustem o tratamento antes que ocorra uma hospitalização.
Teleconsulta é uma consulta médica realizada à distância, utilizando tecnologias de comunicação para conectar médicos e pacientes. Durante uma teleconsulta, o médico pode avaliar o estado de saúde do paciente, ajustar tratamentos, prescrever medicamentos e fornecer orientações gerais. Essa modalidade é especialmente útil para pacientes que vivem em áreas remotas ou têm dificuldades de locomoção.
Telemonitoramento, por outro lado, é o acompanhamento contínuo e remoto dos sinais vitais e condições de saúde dos pacientes. Utilizando dispositivos conectados, como monitores de pressão arterial, medidores de glicose e oxímetros, os dados são coletados e enviados para uma plataforma central onde profissionais de saúde podem analisá-los.
O telemonitoramento se apoia em uma variedade de tecnologias para coletar e transmitir dados de saúde dos pacientes. Entre as principais tecnologias utilizadas estão:
O telemonitoramento tem o potencial de reduzir significativamente os custos de saúde. Ao permitir intervenções precoces, ele reduz a necessidade de hospitalizações e tratamentos de emergência, que são caros e desgastantes para o paciente. Além disso, ao melhorar a adesão ao tratamento e permitir ajustes mais precisos, o telemonitoramento pode melhorar os resultados clínicos, levando a uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
Implementar o telemonitoramento em uma clínica ou hospital envolve várias etapas:
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