A reforma tributária brasileira, regulamentada pelo Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, foi aprovada pelo Congresso Nacional e aguarda sanção do Presidente da República para ser implementada. Prevista para entrar em vigor em 2026, a nova regulamentação oferece o ano de 2025 como período de transição, permitindo que hospitais, clínicas e médicos que atuam como Pessoa Jurídica (PJ) se preparem para as mudanças.
Com promessas de simplificação tributária e redução da carga fiscal para serviços essenciais, a reforma traz tanto oportunidades quanto desafios para o setor da saúde. Neste artigo, vamos detalhar os impactos da nova legislação, apresentar exemplos práticos e sugerir ações que gestores e profissionais da saúde podem tomar para aproveitar ao máximo os benefícios e mitigar os riscos envolvidos.
Hospitais e clínicas poderão se beneficiar de uma redução significativa nas alíquotas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), com diminuições de até 60%.
Exemplo prático:
Uma clínica com faturamento anual de R$ 5 milhões, que atualmente paga 9% em tributos diretos, pode ver essa carga cair para cerca de 3,6%. Essa economia de R$ 270 mil por ano pode ser reinvestida em melhorias como aquisição de equipamentos ou contratação de profissionais.
A reforma prevê isenções para 383 medicamentos essenciais e uma redução de alíquotas sobre dispositivos médicos. O que é relevante para instituições que realizam procedimentos de alta complexidade, como hospitais oncológicos.
Impacto direto:
Tratamentos como quimioterapia poderão ter custos reduzidos, possibilitando que hospitais e clínicas ofereçam preços mais acessíveis aos pacientes e aumentem sua competitividade.
A substituição de tributos como PIS/Pasep, Cofins, ICMS e ISS pelo IVA (Imposto sobre Valor Agregado) visa reduzir a burocracia fiscal. Para hospitais e clínicas, isso significa menos tempo e recursos dedicados à gestão tributária.
Com a expectativa de maior crescimento econômico, o setor da saúde pode ser beneficiado pelo aumento na demanda por serviços médicos, especialmente em clínicas populares e hospitais regionais.
Leia também: Gestão de clínicas e hospitais
Embora a reforma reduza tributos em várias áreas, algumas instituições podem enfrentar aumento da carga tributária devido à inclusão de receitas financeiras na base de cálculo dos impostos.
O que fazer:
A transição para o modelo do IVA unificado exigirá mudanças operacionais significativas.
Recomendações:
Como o Senado ainda pode alterar partes do projeto, há um grau de incerteza sobre a implementação das regras.
Como lidar:
Médicos que atuam como Pessoa Jurídica podem ser impactados pela nova estrutura tributária, especialmente se sua faixa de faturamento se enquadrar em alíquotas mais altas.
Sugestões:
Saiba mais: Desafios da integração de dados de saúde
A reforma tributária representa uma oportunidade significativa para transformar o setor da saúde no Brasil, mas exige planejamento estratégico para maximizar os benefícios e mitigar os desafios. Hospitais, clínicas e médicos PJ devem adotar uma abordagem proativa, investindo em tecnologia, capacitação e assessoria especializada.
Ao se preparar adequadamente, as instituições de saúde podem não apenas se adaptar ao novo cenário fiscal, mas também fortalecer sua posição no mercado e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos pacientes.
Para mais conteúdos e orientações sobre o impacto da reforma tributária no setor da saúde, acompanhe nossas publicações e mantenha-se informado.
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