Neste artigo, exploramos sintomas, subtipos, diagnóstico, tratamento, diferenças entre CID-10 e CID-11, protocolos clínicos e a importância do apoio familiar e da telemedicina.
O CID F20 designa a esquizofrenia, um transtorno psicótico caracterizado por alterações profundas na forma como a pessoa interpreta a realidade. Os sintomas mais comuns incluem:
A esquizofrenia compromete a autonomia, o convívio social e a capacidade funcional, sendo considerada uma doença psiquiátrica grave que exige acompanhamento contínuo.
O CID-10 classifica a esquizofrenia em diferentes subtipos. Veja o resumo abaixo:
Código CID | Subtipo | Características Principais |
F20.0 | Esquizofrenia Paranoide | Delírios de perseguição, alucinações auditivas. |
F20.1 | Esquizofrenia Hebefrênica | Comportamento infantilizado, fala incoerente, emoções inadequadas. |
F20.2 | Esquizofrenia Catatônica | Alterações motoras: imobilidade, rigidez ou agitação intensa. |
F20.3 | Esquizofrenia Indiferenciada | Sintomas que não se encaixam em outros subtipos. |
F20.4 | Depressão Pós-Esquizofrênica | Sintomas depressivos após episódio esquizofrênico. |
F20.5 | Esquizofrenia Residual | Sintomas negativos predominantes após crises agudas. |
F20.6 | Esquizofrenia Simples | Progressão lenta de sintomas negativos, sem surtos psicóticos claros. |
F20.8 | Outras Esquizofrenias | Formas atípicas ou raras. |
F20.9 | Esquizofrenia Não Especificada | Quando não é possível definir o subtipo. |
O CID-11, em vigor desde 2022, atualizou a classificação da esquizofrenia. Agora, em vez de múltiplos subtipos, ela é descrita como um espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos.
Essa mudança reflete o entendimento atual da psiquiatria: os sintomas variam em intensidade e evolução, não sendo estáticos em um único subtipo.
Para médicos, isso reforça a importância de avaliar dimensões de sintomas (positivos, negativos, cognitivos e motores) em vez de apenas classificar em categorias rígidas.
Leia também: CID F40
A esquizofrenia apresenta sintomas divididos em dois grandes grupos:
Sintomas Positivos (excesso de funções psíquicas)
Sintomas Negativos (perda ou redução de funções psíquicas)
O diagnóstico deve ser realizado por médicos psiquiatras, com base em protocolos clínicos:
Critérios diagnósticos são definidos pela CID-10 e pelo DSM-5, com duração mínima de 6 meses de sintomas característicos.
O tratamento da esquizofrenia é multidisciplinar, envolvendo:
O acompanhamento médico contínuo é essencial para ajuste dos medicamentos, monitoramento dos efeitos colaterais e suporte integral. A adesão ao tratamento diminui o risco de recaídas e hospitalizações.
No Brasil, pacientes diagnosticados com esquizofrenia têm direito a:
O apoio da família é um dos pilares do tratamento. Estudos mostram que pacientes com esquizofrenia que têm acompanhamento familiar apresentam:
Famílias devem ser orientadas a acolher sem julgamento, incentivar consultas médicas e participar de grupos de apoio.
A telemedicina tem revolucionado o cuidado dos transtornos psiquiátricos, incluindo o CID F20, oferecendo:
Ferramentas padronizadas auxiliam no diagnóstico e acompanhamento:
Escala | Finalidade | Pontos avaliados |
PANSS | Positive and Negative Syndrome Scale | Sintomas positivos, negativos e gerais |
BPRS | Brief Psychiatric Rating Scale | Sintomas psiquiátricos gerais |
SANS | Scale for the Assessment of Negative Symptoms | Avaliação dos sintomas negativos |
SAPS | Scale for the Assessment of Positive Symptoms | Avaliação dos sintomas positivos |
Alterações auditivas ou neurológicas podem confundir o diagnóstico e devem ser investigadas.
O CID F20 representa um diagnóstico complexo e desafiador, mas com avanços terapêuticos e acompanhamento adequado, pessoas com esquizofrenia têm condições de viver com qualidade. Conhecer os subtipos, sintomas e condutas médicas, além de contar com o suporte da telemedicina, é essencial para melhorar o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz.
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